Thursday 5 September 2013

Para que... II

andando de novo para as termas e "banheiras" como piscinas decoradas com motivos do mar...os olhos se enterneçam com os bocados guardados num pequeno museu anexo às ruínas.











Alguns dos bustos são cópias de originais guardados em Museus importantes, em Lisboa, Faro.

E sai-se, com os olhos e o interior de nós recheado de "bons momentos".

Para que... I

...o passeio pelo passado, a miscelânea de emoções (me)seja reescrita sobre as Ruínas de Milreu, na reconstrução da Casa principal (evt com esta forma existe apenas desde o séc. XIX) foram respeitados os vários testemunhos da actividade agrícola e familiar anterior.







Qualquer panfleto/catálogo (o meu é do IPPAR de 2004 em "français") dará as informações que aqui não coloco: a wiki também ajuda a situar a História. Para mim, mais do que os factos, interessam as épocas, a pequena história das vidas e as belezas que vou descobrindo, tentando não errar mas sem a pretensão de ensinar ou doutorar!
Gostei foi de ver o novo espaço aproveitado para uma exposição. Que achei infinitamente mais bonita e enraizada nas nossas tradições do que os crochets que agora abundam em palácios, montras e até... recobrindo árvores (como se o respiro, as cores, as formas dos troncos, não fossem já por si uma Arte)







Para que não digam que não falei de flores...

ou pedras, caminhando entre ruínas.

E antes que outras se sobreponham a estas - porque encontro pedras-falantes em cada esquina.
Conheci "as ruínas de Milreu" no abandono, há décadas (o Palácio de Estói ao mesmo tempo, mas fica para outra "coisa solta").
E vou dizendo agora para mim "nem tudo é mau, nem tudo é mau" quando (re)vejo algum trabalho de persistência, para que não se perca o que tantos anos foi ficando enterrado.








Esta casa é o exemplo de uma villa rustica romana, uma exploração agrícola onde já se produzia vinho e azeite. Provavelmente construída por um grande e rico proprietário romano, no início do séc. I DC, dando continuação à conquista das províncias da Hispânia e Lusitânia.
As escavações ainda decorrem (penso...) porque desde os Romanos, Cristãos e Árabes - e novamente os cristãos com os nossos primeiros reis até D. Afonso III, finalmente Rei de Portugal e dos Algarves -  as camadas de terreno e as transformações, tornam este lugar num "livro de História" onde, andando, se folheia o tempo.