Saturday 23 November 2013

Juntas as portas-separações II

O que é inventado,
- desde uma laje que cobre a caverna aos troncos que inibem o olhar -
para embelezar o medo e separar vontades.

(esta casa fica no lado oposto à entrada de um "palácio"...)










E de porta em porta, de véu em véu, de corrente, grade, cerca, muro ou aviso,
somos estes seres solitários e divididos.










Proibidos uns dos outros.












Mesmo tão velho, este traz na ruína dos símbolos o som delicado de muitos chamares.
(Por isso,
não fechem a porta: que fique entreaberta ou com um sonoro batente de eco no coração)

Friday 22 November 2013

... Juntas I










Os fechos, os batentes de bater, de abrir e fechar,
as fugas e os saltos das ombreiras,


das soleiras e passagens frágeis,
até pontes, conforme interesses.


Por uma vez juntas algumas

Porque no meio de tantas: pedras, ondas, árvores, ervas, sombras,
águas e securas,
bichos e flores,
... e muitos lugares de gente dentro mesmo que ali não esteja,








os actos de fechar, de separar, de sair,
de amordaçar, de calar, de impedir,
são tão visíveis
como o fugir.
Tal o silêncio muitas vezes é uma parede.








A colecção destes objectos/lugares é completamente aleatória excepto pelo pensamento "de separação": não sei porque há coisas que se me realçam no olhar e me atraem, ano após ano.








Talvez sinta que, desde que nasci, andei a dizer adeus: a abrir e a fechar portas como "Alice" sem encontrar o país das maravilhas.