Wednesday 28 August 2013

Totalmente fora do contexto...

... das minhas coisas, as belas de ver e sentir.
Não encontro nem lugar nem imagem que lhe seja adequada: tenho porcos, vitelas, touros, cabras, carneiros, galos e galinhas, coelhos, peixes, aves outras várias - abutres de poleiro e olho fino - e até tristes tigres, girafas, papa-formigas, hipopótamos, serpentes e tartarugas, sei lá que mais...elefantes...

Festas de aldeia, nem tantas: arranjaria uma imagem dum grelhador improvisado, mas nada que exprimisse o movimento e abundância que adivinhei quando me contaram "a comida" de uma festa de baptizado lá nas serranias. Feito tudo em casa e servido pela meia dúzia das mulheres da família.
Neste país de fumos e fogachos, neste insuportável viver de más notícias e cortes, foi-me irresistível apontar algumas das vitualhas servidas neste "banquete" de criança para adultos:
1 porco de 30 kg
meia vitela (tudo "na brasa", disseram-me)
presuntos, chouriços e paios ?
vários frangos fritos
4 kg cada, de arrozes variados
10 bolas de carne
150 rissóis de cada: camarão, carne, leitão
igual para bolinhos de bacalhau e croquetes
bolos secos, 3 pão-de-ló, 2 pudins "molotov", 2 bolos de chocolate, 2 tortas do mesmo, 3 tartes geladas, 3 pudins, 3 tartes de fruta, 5 litros de leite cada para aletria, leite creme e arroz doce
saladas, frutas e bebidas.
Eventualmente não apontei tudo nem estive lá. Só me espantei na enumeração, conhecendo que as pessoas são simplesmente "gente comum", sem proventos visíveis.

Heróis da terra, nobre povo!

Monday 19 August 2013

Em Alcácer eram verdes...

Ocasiões improváveis de passar em Alcácer do Sal.
Como a avó dizia "naquele tempo"...
Andava eu separando ideias e lembrando como os nossos filhos eram filhos "com a revolução", muito novos, será há JÁ 30 anos?
E me surge a terra verde.




Íamos pelas crianças, o ar livre, descalços, tomando banho de mangueirada, as férias possíveis, a meias de tudo, carregados até ao tecto e parando ao sabor deles, meninos.
Assim, a meio caminho, ficava Alcácer do Sal, o Restaurante "O Poço" (ainda lá está só que não há meninos de espreitar, encantados).




E então, rever um castelo-agora-pousada-de-Portugal (e para que Portugueses? se um ordenado mínimo actual não daria para uma noite e jantar...), espreitar portas e igrejas, falar com gente da terra e do campo e ficar a saber...













 De terra de cegonhas, famílias,



saí, pasmada e pensando que foi tudo tão passageiro e incompleto, como esta mulher que nos olha do fundo dos séculos.