Saturday 24 January 2015

Roma VIII

Logo é - chega - a noite
e as vielas-vidas.
Para lá do rio - zona de Trastevere.
Tempo de encontrar os mais novos (ia dizer os mais noivos) e as suas diferentes formas de ser/estar na vida.


De passagem e memória, o tempo dos filmes italianos e franceses, "os que falavam futuro" e nos faziam pensar nos assuntos que temíamos: neste caso, Truffaut em 1966 e o seu alerta sobre a ameaça que o saber, os livros e a cultura, representavam numa sociedade despótica.








 As praças abrindo-se como flores da noite.




O jantar tardio é, ainda, um hino às característica afáveis e regionalista dos italianos de Roma.
Ah... os sabores do Sul, o Mediterrâneo, o Mare Nostrum.
(sentindo-nos ainda dentro dele: há dias ouvi ou li, e já não sei de quem, "que se acaba o Mediterrâneo onde está a última oliveira").

Friday 23 January 2015

Roma VII

Intervalos na manhã e na tarde, para juntar forças e vontades, mais aquelas que estas!




Um pouco de fruta, açucar, café e o resto.







E a vista à vista que se alarga a partir da cafetaria do Museu.
Logo é a noite.

Thursday 22 January 2015

Roma VI

A maior parte dos quadros célebres estão no Palazzo dei Conservatori.
Mas é-me difícil separar a ideia da "Pintura" no conjunto das galerias: tapeçarias, vitrines cheias de preciosidades -  e as estátuas ou bustos surgem em todas os corredores e passagens.
Caravaggio encontra-se em destaque e nota-se em especial a luz que emana das suas telas.



Há também um lado satírico e quase venial nos risos dos modelos. S. João Baptista. por exemplo, parece um garoto e um maroto. Este e a " A Adivinha" pertencem à primeira série dos trabalhos do pintor que, curiosamente, escolhia gente das classes inferiores (vendedeiras, prostitutas, gente das ruas) para os seus retratos profanos. O que desagradava aos seus eventuais compradores. Nota-se, a seguir a esta época, que Caravaggio tomou o obscuro lado da religiosidade que obsequiava a religião. Sem todavia perder uma certa ternura e humanidade nos pormenores.
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Na passagem pelo pátio interior, a fonte/estátua do deus dos rios, Marforio.

Wednesday 21 January 2015

Roma V


Não preciso de ir ao velho livro, primordial para mim, a "História da Civilização" - ou das Civilizações? havia romanos, gregos e troianos! mitologia... -.
Andava lá por casa e eu era pequenina mas, tal como outros livros que li mal soletrava as letras, punha-me a imaginar ... o tempo, as pedras! Sim, deve ter sido esse desfolhar das coisas que não entendia e a Arte Antiga ganhava a forma de um templo, de uma vestal, de um guerreiro.
Fácil, agora. Com um toque de dedo na tecnologia me vem a descrição de Roma, fundação, guerras, invasões e cercos, imperadores e papas, luxo e declínio.


















Dá-se então o encontro (nas ligações e placas electrónicas) do papel antigo que me entusiasmava, e ainda entusiasma, com os nomes dos clássicos (durante anos escondidos nas lamas dos dias obrigatórios ou nas alegrias pueris de ir vivendo).
Das pequenas coisas Etruscas e das "visões" ocasionais que tive.














Todas as musas, todas as salomés, todas as vénus, tiveram as suas reproduções várias. Esta é a Vénus Capitolina e está numa sala sozinha e quase envergonhada do seu banho de multidões.