Tuesday 14 March 2017

África quase I

A sair do caminho que leva directamente à praia e é um desvio, segue-se pela estrada junto à costa, ao largo de Tarifa e Algeciras... Pelas "marismas" e Parque Natural del Estrecho,  a estrada é fácil. Sendo área protegida "protegeu-se" dos prédios altos: é assim um suceder de pequenas vilas brancas, alguns lugares que parecem ter parado no tempo "hippie", com parques de campismo e vendas de artesanato, pequenos hotéis e pousadas, quintas ao longe.


Finalmente se consegue parar num miradouro, mira África,




O verdadeiro estreito e as (não tão)verdes colinas de África! Li algures, e há muito tempo, que as trocas das águas marinhas passam por correntes bem definidas: a mais fria, do Atlântico para o interior, correm à superfície, enquanto que as mais quentes e salgadas, vindas do Mediterrâneo, passam a mais profundidade. Sendo peixe... tem de se escolher! Os milhares de barcos que o atravessam não têm mais por onde.




e, olhando para o lado esquerdo, lá estava o enorme rochedo de Gibraltar!


Pela avenida marginal de La Línea de la Concepción, evitando o aglomerado... mas já com uma vaga ideia da verdadeira fortaleza que esse enclave inglês representa.


Pois foi assim! Sem contar com as contingências das interdições e passaportes, fomos até ao lugar que é passagem entre espanhóis e britânicos: o dispositivo armado, as paredes e elevações como que fortificadas, as longas filas de carros e autocarros, o minúsculo ponto de passagem, a dizendo-que-fronteira fizeram-nos desistir. Ora... de um país da tal Europa, com bilhetes de identidade que têm as estrelas todas, ir de passeio ali mesmo ao lado devia ser normal e comum. Nem pensar. Subiu-me a indignação: queria lá eu viver entre a colónia de macacos que aí dizem ser espécie protegida!
Claro que para mim era para pôr um pé na Inglaterra, a que eu sonho tantas vezes, ver e sentir o ambiente very british, olhar as lojas e os haveres. De longe se percebe a quantidade de arranha-céus mas eu só queria mesmo passear nas ruas. Suponho que excursões obtenham antecipadamente uma autorização especial: para nós, os velhos aliados! nem um visto!!!
Uma decepção. Li depois várias informações de turismo e fiz visitas de fotos e informações, na internet. Aqui, como em (tantos) outros sítios, Petra por ex., fico-me pelas leituras dos olhos.


1 comment:

M. said...

Ui onde já vais! Julgava eu encontrar-te ainda em Pavia e Mora... Não dou vencimento a tanta viagem.