Friday 17 March 2017

Depois de África (quase) de volta a Conil

Volta-se com saudades da mansidão e de andar a pé nas pequenas ruas de Conil!
Os quartos com varandas e vista de mar eram mais caros e estariam ocupados, não me lembro. Todos os outros hotéis que tínhamos visto e conhecemos de passagem (em 2008, reparo que foi apenas há 9 anos, um ano de tantas actividades e acontecimentos...), da primeira vez que fomos para aquelas bandas, eram incomportáveis.
Eis o hotel empoleirado numa ponta alcantilada fora da povoação, com o espaço alargado das construções dos anos 70 (interessante que fui verificar o ano em que foi edificado este hotel: 1971! claro que foi renovado mais tarde. Mas hotéis desta época e sendo modernizados, são geralmente muito amplos). Sendo bem tratados, prefiro estes, sim, ao envernizado de esquadro, moderno, ou à sumptuosidade do luxo, de tantas luzes indirectas e pouco calor humano.








Este primeiro dia, de reconhecimento do lugar, tem o tema do atum em todos os feitios e está presente em muitos nomes ao longo da costa. O que se sabe desde os antigos gregos e romanos, visto que eles já o secavam e utilizavam como condimento: o garun. Há vestígios de grandes tanques onde se tratava este preparado: sangue, vísceras e outras partes do peixe, esmagados, em salmoura e secas. Um molho??? enviado e utilizado em todo o Império Romano. As notáveis escavações a descoberto em Baelo Claudia, as ânforas de transporte, são ilustrações desse tempo. E não só: em Portugal também se encontraram vários tanques da mesma espécie.




Quando ao fim da tarde e ao fim da rua, nos espera o mar e o sol...









Lugar simpático onde iríamos passar mais horas, ao jantar e ao entardecer.

2 comments:

M. said...

Costumo perguntar ao meu sobrinho como é que ele tem espaço na cabeça para meter tanta coisa. Ele ri-se. A ti pergunto o mesmo.
Não consigo acompanhar-te na viagem. Ainda há pouco visitava eu o Alentejo e agora já estás noutro lado. Isso é que é andar! Pior que o Caminho de Santiago em matéria de quilómetros. E para que conste, digo: ainda tenciono voltar lá abaixo ao Alentejo. Entretanto podias descansar um pouquinho para eu recuperar da viagem.

bettips said...

Os meus teres e haveres são de cadeias, candeias, túneis, minas, altos e assim-assim... Quanto estou por baixo do normal, dá-me para não ir, não ver, não ouvir, não falar (os 3 macacos): assim, me estendo em horizontes que, no presente, não têm sequer semelhança. Descubro e descubro-me, um ano é um grande tempo. Quanto mais 10 ou 15... Abç