Fotografias do mesmo lugar das camélias e do que me lembrei a propósito.
Retirado do livro "A História de Murasaki" de Liza Dalby (Gótica, Lisboa 2001) que finalmente, por acaso, consegui ter para mim.
Porque há livros que são como o vaivém das aves, fica o desenho do vôo.
Outros não.
É preciso tê-los e mexer-lhes de vez em quando, senti-los mais vezes depois da leitura.
Neste livro que é "quase" poesia, há a percepção atrás das palavras, de um roçagar de sedas, quimonos, flores, costumes, palácios e penumbra de biombos.
"Quando a brisa subir do vale e espalhar as flores pela encosta,
podes estar certa de que a água derretida correrá."
Não me admirava nada que os caminhos de Murasaki Shikibu, dama da corte japonesa no séc. XI, fossem atapetados de camélias, nos seus passinhos rápidos que imagino.
Também não me admiraria. Tapetes lindos os teus.
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