Sunday, 21 January 2024

Praia da Amorosa 2011 X - Serra do Lindoso e caminho

Mais adiante e com tantas maravilhas pelo caminho, as ruínas do Castelo de Lindoso, de origem medieval e que foi reconstruído por D. Dinis, em 1278. Evidentemente que, pelos caminhos e horas que se estendem pelos fins de tarde, não há museu que se possa visitar. Pelo que se anda à volta das coisas e se absorve o possível, digamos que "respiramos" os lugares e as informações. Escusado será dizer que (agora) encontro muitas outras coisas belas - cascatas, pedras, lagoas e poços - a que não se foi.








Ao ler a descrição da aldeia fronteiriça de Lindoso chamou-me a atenção a densidade da população há uns anos: 8 habitantes por Km2! Não admira que não se visse ninguém... Tem também um núcleo de espigueiros por onde se andou.


A trabalheira que deu encontrar o nome deste mosteiro, nas margens do rio Lima. Creio que é, por imagens semelhantes que encontrei, o Mosteiro e Igreja de Ermelo, cistercense, medieval, do séc. XII. Olhando as encostas de laranjais, sem descer...


E o caminho de volta já pelas sombras do rio, será que a Serra Amarela é aquela em frente?


Eram 23,30h! Pela fotografia, devíamos estar a tomar café, já junto ao mar...


Saturday, 20 January 2024

Praia da Amorosa 2011 IX - Serra do Soajo

Como me comovo quando (desf)olho as fotografias destas paisagens e tenho o privilégio de as ter visto (e guardado)! E muito mais me surge agora na curiosidade de "marcar" a presença destes lugares e chamá-los pelo nome. Tenho pena de não ter podido apontar/legendar, ou durante ou à chegada, certamente há 13 anos teria menos tempo ou atenção a pormenores. Por exemplo: se tirasse fotografias aos velhos marcos de estrada era mais fácil seguir a sua numeração e descobrir as designações de tantas pequenas terras e afloramentos ao longe. 

Mesmo assim, neste percurso que fizemos entre as serras do Soajo e Lindoso, estou há horas a tentar encontrar o caminho: são apenas mais ou menos 18km entre elas.

Eis-nos portanto saindo do verde para as penedias





O "Limazinho" a fazer acenos azuis na paisagem

E aqui, ao olhar este largo de casas ensolaradas entre os montes cinzentos e agrestes, me lembrei das brandas e inverneiras (entre Outubro e Março), da transumância das gentes e do gado para as pastagens mais viçosas
Infelizmente, a passagem por estes vestígios do fogo na encosta que só poupou as pedras
 


Ao reviver estas fotos antigas encontrei um cardenho! onde pernoitavam os pastores nas suas idas e vindas para os lugares mais apropriados para o gado, conforme as épocas do ano

E as águas... e caminhos não percorridos, embora a apetência de os descobrir fosse grande...

 Chegando à comunidade, à aldeia

A vista destes belos exemplares conservados, dos espigueiros onde se guardavam as maçarocas de milho. Onde aprendi que os suportes em pedra, ao alto, e as lajes redondas de apoio, serviam para evitar a subida dos ratos, as aberturas para arejar e não deixar os cereais ganhar humidade. Alguns estão ali desde o séc. XVIII e XIX. As eiras eram comunitárias, a Eira da Laje e a Eira do Penedo, perfeitamente visíveis na caminhada que se fez entre elas. Ainda bem que foram conservados e, ao que sei, objecto de restauro, é uma surpresa encontrá-los!


A elegância na paisagem, fiquei encantada por passear entre eles







Encontros...

... e adeuses para outras paragens.


                                                                                                                                                                                                                                                      

Tuesday, 16 January 2024

Praia da Amorosa 2011 VIII - Almoço e continuando

Com estas observações todas parar/andar na minha querida Natureza, é provável que "o comer" seja esquecido. Tantas vezes acontece! Outro acaso encontrar um óptimo restaurante, gente que nunca esquecerei: porque passava das 15h da tarde quando, muito humildemente, se perguntou se havia algo "de almoço". Majestoso almoço ali feito à vista, apenas para nós, que os habituais já tinham saído. Quando um pequeno gesto, uma atenção, nos acalentam e nos fazem acreditar na simplicidade de algumas atitudes do ser humano. 




A refeição a ser preparada, nós a vermos, e a escolher um vinho Alvarinho: que por acaso se chamava "Poema"!



 

Espreitando o possível do enorme e belo Solar de Bertiandos, construção barroca, iniciado no séc. XVI e renovado no séc. XVIII. Típica casa abastada do Minho. Li a história, muito curiosa ... quem me dera ali voltar e poder vê-lo por dentro!


Reparando na fachada, o relógio de sol. Embora uma visão imensa na aparência, tinha um aspecto harmonioso, talvez dado pelos diversos planos de construção e pelas enormes varandas apetecíveis. E claro, o musgo das velhas paredes.



Ora eu... que não me importava de viver "nos anexos"!

Andando pela povoação, com arcadas sobre as ruas de onde pendiam as uvas como joias

 


Alto Minho, Viana, logo se percebe pelo bordado das cortinas na janela



Adiante, passando o rio Lima, que havia ainda muito que andar e ver.