Segue-se a pé para a tranquilidade do Jardim das Amoreiras. Idealizado pelo Marquês de Pombal que mandou plantar mais de 300 árvores - amoreiras - para alimento do bicho-da-seda que iria fornecer a fábrica ali fundada. Pelo caminho, (a)notando as esculturas no topo das portas em alguns prédios
Os azulejos da formidável construção do Aqueduto
Os apontamentos Arte Nova das casas por ali perto
Reparei na sequência assimétrica destes azulejos: por distracção do operário ou propositadamente?
Os edifícios da antiga Fábrica da Seda (séc. XVIII) ainda se encontram
ali, parte deles recuperados e ocupados pela Fundação Árpád
Szenes-Vieira da Silva.
onde apenas se espreitou a parede com a escrita de um amor entre artistas
Uma escultura chamada Ouranos II (estava vandalizada...) que lembra "asas", a silhueta de um pássaro, mesmo em frente à entrada da Fundação. Foi oferecida pelo amigo muito chegado do casal em Paris, o escultor húngaro Etienne-Hadju.
Pequenas coisas cuja visão histórica alargada comove.
A Capela de Nª Snrª de Monserrate incrustada num dos arcos e que se pôde visitar
notando os azulejos estranhos, li já não sei onde que seriam símbolos maçónicos de associações dos comerciantes ali estabelecidos há séculos atrás,
... e saindo para mais uma andança!
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Wednesday, 22 January 2020
Monday, 20 January 2020
A outra Lisboa II
Bem... vou ter de me dominar! Estava nestes arredores, de Lisboa e aqui, quando vi e li a notícia da renovação do Jardim Tropical. Fiquei "faminta" de ir (re)ver o que vi há anos... mas será melhor lá voltar depois e observar/comparar as transformações.
Adiante, sigo para Campo de Ourique que se iria calcorrear em alguns poucos de anos. Assistindo a ruínas e recuperações.
Uma das paisagens quase circulares "de casa e de varanda" mais bonitas que conheço!
"de asas"
Sublime a vista do rio
E espreitando as lojas
Adiante desta rua que era sossegada à época, está uma "embaixada", lugar muito bem escolhido e muito neutro, digo
Um edifíco de um antigo cinema, uma beleza decadente que a trepadeira tenta esconder
E logo se vai ao Jardim da Estrela, inaugurado em 1852 e posteriormente chamado de Jardim Guerra Junqueiro. Sem denegrir a Basílica que vulgarizou o nome do jardim, bem pode o nome de Guerra Junqueiro juntar-se-lhe nas artes poéticas, republicanas e satíricas.
Reparando na estupidez bacôca de quem grava nomes e pinta muros, árvores e estátuas - crimes contra todos - é impossível reconhecer tantas árvores imponentes deste espaço. Vejo o dragoeiro
vislumbro a bela estátua "O Despertar", a figueira-da-austrália abraçando o chão,
o esguio coreto,
a "Guardadora de Patos" no meio do lago,
e os ditos, guardados pela vegetação, são característicos de um jardim ao estilo inglês e, sobretudo, de um romantismo sublime
Depois descendo as ruas, revendo "os jacarandás" iluminados contra o céu de Lisboa
Havia UM único jacarandá no Porto que "eu conhecia" de pequenina: no Largo de Viriato. Lugar com banhos públicos, bem perto do Hospital. Um poeta místico, Eugénio de Andrade, despediu-se dele no seu leito de morte; e falam-nos dele também Jorge Sousa Braga, numa dúzia de palavras
"Extravasou o largo o jacarandá
com as suas flores miúdas.
Ocupa agora toda a manhã.",
e Helder Pacheco... gente que andava pela cidade, recantos dela. Existe registo dessa árvore no Arquivo Municipal já em 1899. Morreu (ou secou?, nunca acredito em nada que seja oficial sobre "árvores"...) e cortaram-no em 2003 ou 2005.
E como me lembro dele pujante desde os 5/6 anos porque andei na Escola Primária da Bandeirinha ali perto, teria já nessa altura mais de 90 anos!
Cortar uma árvore é apagar anos de história.
Adiante, sigo para Campo de Ourique que se iria calcorrear em alguns poucos de anos. Assistindo a ruínas e recuperações.
Uma das paisagens quase circulares "de casa e de varanda" mais bonitas que conheço!
"de asas"
Sublime a vista do rio
E espreitando as lojas
Adiante desta rua que era sossegada à época, está uma "embaixada", lugar muito bem escolhido e muito neutro, digo
Um edifíco de um antigo cinema, uma beleza decadente que a trepadeira tenta esconder
E logo se vai ao Jardim da Estrela, inaugurado em 1852 e posteriormente chamado de Jardim Guerra Junqueiro. Sem denegrir a Basílica que vulgarizou o nome do jardim, bem pode o nome de Guerra Junqueiro juntar-se-lhe nas artes poéticas, republicanas e satíricas.
Reparando na estupidez bacôca de quem grava nomes e pinta muros, árvores e estátuas - crimes contra todos - é impossível reconhecer tantas árvores imponentes deste espaço. Vejo o dragoeiro
vislumbro a bela estátua "O Despertar", a figueira-da-austrália abraçando o chão,
o esguio coreto,
a "Guardadora de Patos" no meio do lago,
e os ditos, guardados pela vegetação, são característicos de um jardim ao estilo inglês e, sobretudo, de um romantismo sublime
Depois descendo as ruas, revendo "os jacarandás" iluminados contra o céu de Lisboa
Havia UM único jacarandá no Porto que "eu conhecia" de pequenina: no Largo de Viriato. Lugar com banhos públicos, bem perto do Hospital. Um poeta místico, Eugénio de Andrade, despediu-se dele no seu leito de morte; e falam-nos dele também Jorge Sousa Braga, numa dúzia de palavras
"Extravasou o largo o jacarandá
com as suas flores miúdas.
Ocupa agora toda a manhã.",
e Helder Pacheco... gente que andava pela cidade, recantos dela. Existe registo dessa árvore no Arquivo Municipal já em 1899. Morreu (ou secou?, nunca acredito em nada que seja oficial sobre "árvores"...) e cortaram-no em 2003 ou 2005.
E como me lembro dele pujante desde os 5/6 anos porque andei na Escola Primária da Bandeirinha ali perto, teria já nessa altura mais de 90 anos!
Cortar uma árvore é apagar anos de história.
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Lisboa 2 Junho 2007
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