Tuesday 19 August 2014

Idos de Maio III

Terei entretanto passado uma outra vez, em Castelo de Vide.
(lembro-me que havia estátuas, muitas rosas, um outro ciclo: hei-de procurá-las)

Há lugares que se quedam no imaginário e quase é preciso ir verificar "como estão", se existem ainda com a mesma languidez dos caminhos e das gentes, das paisagens. Se as esquinas são ainda elas. Se melhoraram ruas e pintaram paredes, se as árvores cresceram.
Por este país me perco assim, encontrando a soleira da porta como um gato, pelo dom de poder tornar.
(mesmo que cresçam casas nos lugares das árvores, é preciso preservar a harmonia; essa é a que (re)descubro ao voltar; ou não).

















Idos de Maio II

De Castelo de Vide,
(elle est trop vide, mon âme, à ce moment d'août),
havia as imagens velhas. Muitas, com gente dentro, não estão aqui.
Um passo gigantesco, parecendo diminuto no dia a dia, levou os risos de amigos, os cabelos negros, as pernas ágeis.











Estas duas nasceram numa casa, de procurar alguém que foi minha vizinha alguns anos. Com quem falava e de quem conhecia a vida atribulada.
Nunca a cheguei a encontrar.