Tuesday 24 August 2021

Pateira de Fermentelos V

Há tantos caminhos à volta, tanto a descobrir porque o horizonte está sempre a mudar, perto ou longe.

E, num repente, as aves... 



Em frente à  Estalagem, do lado de lá, Óis da Ribeira, terrenos agrícolas fertéis




Igreja de S. Paio de Requeixo








Ponte romana de Requeixo, reconstruída, onde confluem o rio Águeda e Cértima
Caminhos e percursos que li mas se seguiram à sorte
A noite de um dia,
a madrugada de outro

Pateira de Fermentelos IV

Aproveitando estar na zona para visitar uma amiga antiga, destas paragens, a "jardineira" com quem muito aprendi sobre vasos, plantas e flores. Uma "menina" que era/é uma espécie de Herbário!  São também pretextos para encontrar gostos comuns pela Natureza. 

Lembrei-me agora de Jorge Sousa Braga e os seus poemas, no belo livro sobre as plantas:

"Folhagens

Há árvores de folhas persistentes

e outras, cujas folhas são caducas.

Mas o que me faz confusão,

é que andem nuas no inverno

e vistam um sobretudo de folhas,

no verão!"

Edição Assírio e Alvim, 2007



Resta-nos a beleza da Natureza com as suas cortinas verdes nas janelas abandonadas...

Percorri o viveiro e as explicações. Como hoje percorro as suas fotos do jardim, caminhos e bichos visitantes: com uma certa nostalgia.




 
O resto do passeio, com lugares vários
Falou-me a "jardineira" das suas preocupações ambientais: a maior parte da lagoa estava assoreada por plantas oportunistas, como os jacintos de água e outras. São como pinturas na água e, na verdade, eu estava era atenta às cores e efeitos delas.



Não acabou o dia, ainda...


Sunday 22 August 2021

Pateira de Fermentelos III

A romântica lagoa tem segredos flutuantes e peixes escondidos: enguias, carpas, lúcios, achigãs... e por isso não admira que tantos pequenos barcos se encontrem nas margens. Uns velhos, outros novos. São uma beleza pela sua forma simples, os sítios onde se prendem, um ondular, os reflexos entre a vegetação.





Mais se verão escondidos, num passeio mais longe, pelas margens.

Cá fora e à noite, um conjunto de esculturas representando "O Emigrante Português". Estava na altura muito degradado, leio agora que foi recuperado. Penso que é uma homenagem às famílias que daquela zona foram procurar recursos noutros mundos. E lugares distantes como pude ler no mural.


A saga dos que fogem das suas terras para tentar melhores condições de vida é imensa. Há muitas descrições dela mas nunca serão suficientes nem elucidativas do que as pessoas passaram ou conseguiram obter. De alguns emigrantes sei as histórias. Tenho observado, pelos meus caminhos vários, muitas dessas vivendas, tantas com o estilo que se adivinha onde foram sonhadas: as sumptuosas, Brasil; as de telhados escuros e inclinados, Suíça, Alemanha, Luxemburgo; muitas de estilo colonial transportados para aqui os espaços míticos de África.

Talvez saudades de ambos os lados das vidas que se viveram. 


Pateira de Fermentelos I

As paisagens do quarto, ou debruçando-me em contorcionismo fotográfico, ou apenas virada à outra margem






Conforme se desdobravam as horas e as manhãs, o encanto permanecia, na sombra e na luz, as figuras dos pescadores como esboços de figurinhas chinesas


Uma das fotografias "apanhada" como um esboço

Uma família de patos que aparecia e rápido se escondia.