Praia da Amorosa 2011 XII - Serra d'Arga 2

E pela descida da serra, entre árvores, pedras desavindas e muitos verdes-musgo, nascentes, quedas de água e pequenos riachos, se foi quase silenciosa(a)mente.

Tempo para reparar no baile das borboletas brancas

Conversa amigável entre a pedra antiga e a árvore

A estrada com galinhas na borda dela

Ao longe o horizonte de penedos cinzentos, chegando a um planalto onde a pastora levou as ovelhas e as cabras. Conversa-se sobre a vida com gente que a vive, ali mesmo, na solidão atrás dos montes

A ponte romana sobre a ribeira de Estorãos e a praia fluvial da Azenha

A casa, li agora, é de Turismo Rural desde 1982, não sei se ainda o é: os interiores estão muito bem recuperados, com a tradição da pedra e da madeira em destaque

Já se volta, entre muros e curvas de caminho.

Praia da Amorosa 2011 XI - Serra d'Arga

Como verifico na fotografia, o Norte desenfreado não deve ter permitido grande tempo de praia,

e assim se ruma a Caminha, a airosa foz do rio Minho, e mais adiante 

Praticamente todos painéis dos azulejos da estação de comboio me encantaram, pela sua cenografia colorida e os aspectos do rio, da cidade, do campo e dos trabalhos dele. Mandados fazer e colocar em 1930, esses anos recatados em que era preciso apelar ao "regionalismo" do povo

Já a caminho da Serra d'Arga, o chão triste deixado pelos incêndios

Em vendo pedras com verde e flores do monte se para e repara

...mais uma vez "forget-me-not"

A Serra d'Arga tem a história de já a conhecer há alguns anos: tinha uma amiga com uma casa muito bonita "donde se via o mar ao longe", toda em xisto tradicional, espaço, socalcos, piscina e muito do que eu gostaria numa casa de campo. Perderam-se no tempo, as pessoas.

No alto, a zona do mosteiro beneditino de S. João d'Arga, românico, a capela mais recente

e os edifícios dos albergues que serviam de hospedaria aos peregrinos. Li que é um local muito concorrido e uma romaria importante naquela zona

Não fica bem, nem aqui nem na beleza do lugar, mas demonstra no real "a santidade" das gentes... lixo e mais lixo num local de culto e tão aprazível. Fico (sempre) abismada pelo desprezo que as pessoas têm pelo sagrado e pela natureza!

Os sobreiros magníficos a enfeitar a mudez cega das janelas

 

Por ali se andou à volta antes de percorrer as encostas tão apelativas.