O Douro profundo no Outono I

Mais voltas, pela "proa dum navio de penedos", porque dali não há casas (felizmente), só o belo rio, os montes, árvores, paisagens e pedras. Um lugar de eleição.

Falámos com o pastor, de emigração, de condições de vida e do amor que ele tem à sua terra, ali adiante no-la apontou. Apesar de tudo, da liberdade que sentia ao andar ali com o seu rebanho.

A beleza dos cogumelos, o veneno que às vezes se apresenta com apetecíveis coloridos

 

A volta para casa foi feita espreitando lugares fundos e pela Régua

Já o sol apontava ao mar do ocidente.

O Douro profundo no Outono

Sou uma pessoa de vícios e virtudes "recorrentes"... E a Galafura surge aqui nestas coisassoltas muitas vezes, vários anos, com gente amiga e família. Ao (re)folhear o ano 2009, encontrei mais aspectos que sempre me encantam. 

Como não posso fazer um livro dos meus escritos ou seja rever bem o que está repetido, alterar  as palavras e adjectivos, dar uma continuidade aos passeios e fotografias, a Galafura cá vai outra vez!

A viagem pelo caminho mais longo, mais calmo e mais bonito: ir acima do mapa e descer para perto de Vila Real, divergindo o percurso para mergulhar (os olhos) na região do Douro Vinhateiro. Com estas andanças, passando pela Serra do Alvão, cheguei a ver águias a pairar, solenes, nos ares límpidos.

Vão-se adoçando de cores as encostas

E, sendo possível, para-se ali mesmo, no meio do xisto reluzente e dos esteios abraçados pelas vides, sentindo o pulsar sôfrego da terra seca

Sobraram estas uvas, chamam-lhe "uvas netas", soube a designação há pouco tempo, porque crescem depois das vindimas: com umas cores...

Da paleta de tons, estou bem aviada por ali!

E como "o comer e o coçar vai no começar", não há "perna manca" para o cabrito assado, as morcelas, as alheiras, a bola de carne e tal... Ainda mais a poder ver e olhar a descida dos montes e o rio.

Bem... já levámos àqueles lugares mais de duas dúzias de pessoas! E por mim ia lá já amanhã, ver o despido das encostas, outros olhares para o chão de promessas.

 

Penafiel - Quinta da Aveleda em Outubro

A Quinta da Aveleda. Vários anos aí andei entre as amadas camélias. Um lugar que por "coisassoltas" surge sempre. Fomos lá muitas vezes, sós e acompanhados: temos este hábito antigo de repartir os gostos, um bolo saboroso, bocadinho a bocadinho. Desta vez, levamos a família americana, para passeio e prova de vinhos.

Mas verdadeiramente feliz era poder andar por aqueles caminhos bonitos, solitários. Desde que passou a "visita guiada", deixei de ir.

Bordando os caminhos

Bordando as paredes das casas

A riqueza dos tons outonais

A sala por onde se passa para uma varanda sobre as vinhas

e se provam os queijos e vinhos

Os lagos

As fontes

Os cisnes

Uma parte de cozinha antiga

E agora, revendo a saída, reparo que me deixou tantas saudades.