Thursday 29 April 2021

Porto - Foz

As regulares idas à Foz, entre a inquietude de consultas e o apreciar das casas e ambientes. Tenho a certeza que está, agora, diferente: passei lá há dias e vi tantas construções novas mas não tirei fotografias. Clínicas disto e daquilo, alojamentos locais e eventuais, hotéis...

São lugares de paraíso. Aliás, desde pequena menina, era também no Molhe e Castelo do Queijo que se "andava na praia". Há muitos anos, estive alguns meses por ali, a mostrar um andar do meu ex-patrão que estava à venda. Na altura diziam "custar 100 mil contos"! Conheci muita gente e ouvi muitas conversas diferentes e curiosas: luxo. Mas o que me prendeu ao sítio - e era apenas um 2º andar -  era olhar em frente pela varanda e só ver mar e céu. E uma araucária!


Uma das ruas paralelas ao mar, com as suas árvores centenárias e as ruínas de casas, tão lindas


O Molhe e a estátua monumento ao Lobo do Mar, que tantas recordações me trazem


A história desta casa é quase burlesca. Foi mandada construir em 1910. Chamada a "Casa do Relógio", há bastante informação na internet sobre quem conseguiu fotografá-la por dentro e porque sofreu outras vicissitudes, nomeadamente vandalizada e esvaziada de todo o recheio e ornamentos. No registo do património consta "sem protecção legal".


Na Avenida da Boavista, o reverso da medalha, que iria ser inaugurado nesse ano (???)

Ficam falados os extrêmos do meu descontentamento.


Tuesday 27 April 2021

Páscoa 2009

Os pretextos para festejar são sempre bons. Era a Páscoa desse ano e o neto de uma amiga estava pela primeira vez em casa da avó, acessível aos nossos olhos e carinhos. São fotos de casa e de gente, não cabem no que é público. 

Mas aqui fica "a minha árvore" nessa data, quando ainda existia no canto ajardinado do prédio, quando, digo e repito, sabia do tempo que fazia e das estações do ano por ELA. Nostalgia? pois é. Sempre apreciei as árvores, muito antes de saber como são preciosas para a nossa vida na terra: vivi até aos 10 anos a vê-las, a temer que caíssem em cima dos velhos telhados nos temporais de Inverno, a dar sombra no Verão, a varrer-lhes as infindáveis folhas no Outono. E vivi depois muito perto de pinheiros e eucaliptos. Estimo-as. Respeito-as. Muito.

Em 16 de Março de 2009, o ácer negundo, identificação que me deu uma amiga do "Dias Com Árvores", com as suas cabeleiras a balançar nos ramos




Em 11 de Abril de 2009, já as folhas formadas, como biombo vegetal. Às vezes, ia à janela respirá-la.





Teria uns 50 ou mais anos? Escondia-me do tumulto dos carros, da passagem das pessoas, da fealdade das ruínas: uma cortina verde entre mim e o mundo.

Este meu apego às coisas tão efémeras e comuns dá-me muitos desgostos...

Foi cortada uns anos depois. Foi substituída por 3 pequenas japoneiras que nunca iria ver crescer... Os arranjos deixam muito a desejar e não há maneira de intervir, mesmo tendo tentado. Agora, são uns quadrados de terra, três árvores raquíticas, será para cães, ao que vejo. A fúria estúpida contra as árvores e o arvoredo é uma constante desta gente.


Monday 26 April 2021

Lisboa IV - Palácio Nacinal da Ajuda

Depois do grande terramoto de 1755, D. José I e a família real transferiram os seus alojamentos para a Ajuda, a Real Barraca, inicialmente uma "real" construção em madeira. A construção do Palácio Nacional da Ajuda demorou e nunca ficou totalmente concluída, dado que mais tarde a família real de D. João VI se retirou, estrategicamente, para o Brasil. A História com nossos vizinhos espanhóis e franceses fez-nos andar sempre numa numa lufa-lufa. Pior quando se acolitavam os dois!

S'il vous plait...!








Com a "Prudência" e a sua expressão compreensiva, rumou-se ao rio, para ver de mais perto a Torre de Belém.
 


Construída entre 1515-1521 ao estilo de arte mourisca e manuelina. Cá por mim, gosto dela. E também gosto do Padrão dos Descobrimentos: se se tivesse de reescrever a História que vivemos, não seriam essas as modificações importantes.


Lisboa III - Jardim Botânico da Ajuda

Do jardim, que dizem ter sido devastado aquando das Invasões Francesas em 1807, fico-me a espreitar a paisagem e pelo encanto das ervas e flores. Não estando, na ocasião, tão bem tratado como eu esperaria de um jardim botânico, tem muitos canteiros com placas identificadoras das espécies, o que me entreteve bastante-a-mente.










E era como ver "conhecidos": olha o estragão!














Fiquei deliciada com as minúsculas campainhas "Selo de Salomão"





Tenho (também) esta mania das ervas...