Os pretextos para festejar são sempre bons. Era a Páscoa desse ano e o neto de uma amiga estava pela primeira vez em casa da avó, acessível aos nossos olhos e carinhos. São fotos de casa e de gente, não cabem no que é público.
Mas aqui fica "a minha árvore" nessa data, quando ainda existia no canto ajardinado do prédio, quando, digo e repito, sabia do tempo que fazia e das estações do ano por ELA. Nostalgia? pois é. Sempre apreciei as árvores, muito antes de saber como são preciosas para a nossa vida na terra: vivi até aos 10 anos a vê-las, a temer que caíssem em cima dos velhos telhados nos temporais de Inverno, a dar sombra no Verão, a varrer-lhes as infindáveis folhas no Outono. E vivi depois muito perto de pinheiros e eucaliptos. Estimo-as. Respeito-as. Muito.
Em 16 de Março de 2009, o ácer negundo, identificação que me deu uma amiga do "Dias Com Árvores", com as suas cabeleiras a balançar nos ramos
Em 11 de Abril de 2009, já as folhas formadas, como biombo vegetal. Às vezes, ia à janela respirá-la.
Teria uns 50 ou mais anos? Escondia-me do tumulto dos carros, da passagem das pessoas, da fealdade das ruínas: uma cortina verde entre mim e o mundo.
Este meu apego às coisas tão efémeras e comuns dá-me muitos desgostos...
Foi cortada uns anos depois. Foi substituída por 3 pequenas japoneiras que nunca iria ver crescer... Os arranjos deixam muito a desejar e não há maneira de intervir, mesmo tendo tentado. Agora, são uns quadrados de terra, três árvores raquíticas, será para cães, ao que vejo. A fúria estúpida contra as árvores e o arvoredo é uma constante desta gente.
No comments:
Post a Comment