Roma XIII - O Panteão

Foi reedificado pelo notável imperador Adriano entre 118 e 128 d.C., sobre um templo mais pequeno, construído por Marco Agrippa, que fora destruído por um incêndio. Conserva a inscrição original na fachada e é o único edifício greco-romano em perfeito estado de conservação.
Adriano foi um imperador humanista e culto, era um viajante incansável, percorreu todo o império romano do Oriente e era um grande admirador da cultura grega.

Vem-me à lembrança um dos meus livros de eleição: "Memórias de Adriano" de Marguerite Yourcenar (editora Ulisseia, edição de 1983, com apontamentos sobre o livro e notas históricas, tradução de Maria Lamas!) e a comovente frase: "Animula vagula, blandula" que termina num poético adeus "Ai nunca mais brincarás..."

 Piazza della Rotonda

O interior e a cúpula são impressionantemente belos, nada faria prever do exterior a elegância do seu traçado. A exigência de engenharia a que obrigou para resistir a quase dois mil anos de tempo passado. Os materiais nobres e o oculus central com 9 m de diâmetro que deixa entrar a luz e a chuva sobre o chão de mármore. Fascinante.

Este templo foi originalmente dedicado a todos os deuses: convertido em lugar de veneração cristã em 609 d.C, tornou-se a igreja de Santa Maria dos Mártires e é agora lugar de túmulos dos ilustres de Itália. Calculo que por se ter tornado em "igreja" escapou a mais transformações ou destruições.

Túmulo de Rafael (1433-1510), mestre do Renascimento.

Um lugar de veneração de tantos credos!

Túmulo do rei de Itália, Vitor Emmanuel II.
Toda esta maravilha que nos convida a uma introspecção.