Monday 25 April 2016

Porto e campo no Minho 2000

Isto a propósito do que me lembrei ontem, ao ver um documentário sobre Cuba: além do velho folclore dos carros e casas arruinadas, a conversa sobre "o estado é que", os anos de bloqueio económico (mais de 50 anos) mas, e sobretudo, a alegria das pessoas. Nunca vemos as universidades ou os campos de férias, as escolas, os infantários... Enfim, resta-me olhar para as crianças, contentes e bem alimentadas, e nem preciso de ir ver estatísticas.
Não tenho milhares de fotos, antigas, digitalizadas. Hoje, que é Dia de Abril, lamento não ter as imagens cinzentas dos lugares em que cresci, em que vivi, o que vi, o que experimentei, na pele e no sentimento. E nem sequer fui perseguida por motivos políticos: apenas coartada na minha liberdade, esmagada pelas prepotências do regime. Estive muito, muito atenta às lutas de classes, à exploração das pessoas, quer pela ditadura, quer pela igreja.
Foi isso que me fez lembrar umas poucas de fotos, no Porto, ano 2000:



e outras, no Minho, falando com a gente que não "sentia" a Revolução dos Cravos.

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