Saturday 18 March 2017

Conil de la Frontera 3

Dia de deixar. Ainda maravilhando os olhos pelos espaços elegantes.













Apenas dois dias de tanto "valor" acrescentado!

Conil de La Frontera 2

Descendo as ruazinhas, algumas cheias de esplanadas e bares, a beira-mar é um lugar amplo e pacífico, onde dá vontade de passear. E jantar em paz com as cores (e os peixes) que se vão suavizando na boca e nos olhos.












Para o mapa e a vela mais o champanhe gelado, gentil oferta da recepção do hotel. Por sinal era azedo e não me senti bem após ele: mas a intenção é importante, não é verdade?



Friday 17 March 2017

Depois de África (quase) de volta a Conil

Volta-se com saudades da mansidão e de andar a pé nas pequenas ruas de Conil!
Os quartos com varandas e vista de mar eram mais caros e estariam ocupados, não me lembro. Todos os outros hotéis que tínhamos visto e conhecemos de passagem (em 2008, reparo que foi apenas há 9 anos, um ano de tantas actividades e acontecimentos...), da primeira vez que fomos para aquelas bandas, eram incomportáveis.
Eis o hotel empoleirado numa ponta alcantilada fora da povoação, com o espaço alargado das construções dos anos 70 (interessante que fui verificar o ano em que foi edificado este hotel: 1971! claro que foi renovado mais tarde. Mas hotéis desta época e sendo modernizados, são geralmente muito amplos). Sendo bem tratados, prefiro estes, sim, ao envernizado de esquadro, moderno, ou à sumptuosidade do luxo, de tantas luzes indirectas e pouco calor humano.








Este primeiro dia, de reconhecimento do lugar, tem o tema do atum em todos os feitios e está presente em muitos nomes ao longo da costa. O que se sabe desde os antigos gregos e romanos, visto que eles já o secavam e utilizavam como condimento: o garun. Há vestígios de grandes tanques onde se tratava este preparado: sangue, vísceras e outras partes do peixe, esmagados, em salmoura e secas. Um molho??? enviado e utilizado em todo o Império Romano. As notáveis escavações a descoberto em Baelo Claudia, as ânforas de transporte, são ilustrações desse tempo. E não só: em Portugal também se encontraram vários tanques da mesma espécie.




Quando ao fim da tarde e ao fim da rua, nos espera o mar e o sol...









Lugar simpático onde iríamos passar mais horas, ao jantar e ao entardecer.

Tuesday 14 March 2017

África quase I

A sair do caminho que leva directamente à praia e é um desvio, segue-se pela estrada junto à costa, ao largo de Tarifa e Algeciras... Pelas "marismas" e Parque Natural del Estrecho,  a estrada é fácil. Sendo área protegida "protegeu-se" dos prédios altos: é assim um suceder de pequenas vilas brancas, alguns lugares que parecem ter parado no tempo "hippie", com parques de campismo e vendas de artesanato, pequenos hotéis e pousadas, quintas ao longe.


Finalmente se consegue parar num miradouro, mira África,




O verdadeiro estreito e as (não tão)verdes colinas de África! Li algures, e há muito tempo, que as trocas das águas marinhas passam por correntes bem definidas: a mais fria, do Atlântico para o interior, correm à superfície, enquanto que as mais quentes e salgadas, vindas do Mediterrâneo, passam a mais profundidade. Sendo peixe... tem de se escolher! Os milhares de barcos que o atravessam não têm mais por onde.




e, olhando para o lado esquerdo, lá estava o enorme rochedo de Gibraltar!


Pela avenida marginal de La Línea de la Concepción, evitando o aglomerado... mas já com uma vaga ideia da verdadeira fortaleza que esse enclave inglês representa.


Pois foi assim! Sem contar com as contingências das interdições e passaportes, fomos até ao lugar que é passagem entre espanhóis e britânicos: o dispositivo armado, as paredes e elevações como que fortificadas, as longas filas de carros e autocarros, o minúsculo ponto de passagem, a dizendo-que-fronteira fizeram-nos desistir. Ora... de um país da tal Europa, com bilhetes de identidade que têm as estrelas todas, ir de passeio ali mesmo ao lado devia ser normal e comum. Nem pensar. Subiu-me a indignação: queria lá eu viver entre a colónia de macacos que aí dizem ser espécie protegida!
Claro que para mim era para pôr um pé na Inglaterra, a que eu sonho tantas vezes, ver e sentir o ambiente very british, olhar as lojas e os haveres. De longe se percebe a quantidade de arranha-céus mas eu só queria mesmo passear nas ruas. Suponho que excursões obtenham antecipadamente uma autorização especial: para nós, os velhos aliados! nem um visto!!!
Uma decepção. Li depois várias informações de turismo e fiz visitas de fotos e informações, na internet. Aqui, como em (tantos) outros sítios, Petra por ex., fico-me pelas leituras dos olhos.