Passeios de novo em Lisboa, portanto. Toda embandeirada de Portugal com o povo "no seu melhor" que é, sobretudo, futebol... Adiante.
Os escritores e poetas
Fernando Pessoa (1888-1935) de quem não fui-sou apreciadora abrangente, contra-corrente dos grandes estudiosos da sua obra, complexa e enigmática. Ou talvez porque é tão "oculto" e tão, afinal, próximo do que (me)significa. De certo modo lhe aprecio a ironia. Num conjunto heterogénio de artes e ofícios, é dado como profissional em muitas vertentes: poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e comentarista político.
Desta vez, correspondente comercial, neste texto me revejo:
Excerto de "Tabacaria" que começa:
"Eu não sou nada
Nunca serei nada
Não posso querer ser nada
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
Eça de Queiroz, que muito admiro: "Sobre a nudez forte da verdade, o manto
diáfano da fantasia", está escrito na estátua de Teixeira Lopes, que quase me passava despercebida. Frase de subtítulo do seu livro "A Relíquia", publicado em 1887. Relembro esta introdução que creio ter sido um slogan de um programa da Emissora Nacional, clássica, nos anos 50/60.
E o Largo, de Camões (1524-1580), o maravilhoso poeta do aventureiro mundo português que ele tão bem descreveu,
donde logo recordo "O Adamastor":
"Eu sou aquele oculto e grande cabo
A quem chamais vós outros
Tormentório"
- Excerto de "Os Lusíadas", canto V, Luís de Camões
Terreiros, ruas e ruelas
Largos com a imponência de quem nos governa
logo seguido das vielas dos governados
E os pormenores que me provocam andando a pé e com os olhos rentes ao olhar
Voltarei um dia destes...