Monday 29 April 2019

Lisboa Julho 2006

E já que andei pelo ano 2006 e por Lisboa, saltou-me aos olhos um encontro por lá, dessa vez em Julho e por ocasião de um mundial qualquer, em que se juntaram companhias.
Passeios de novo em Lisboa, portanto. Toda embandeirada de Portugal com o povo "no seu melhor" que é, sobretudo, futebol... Adiante.
Os escritores e poetas
Fernando Pessoa (1888-1935) de quem não fui-sou apreciadora abrangente, contra-corrente dos grandes estudiosos da sua obra, complexa e enigmática. Ou talvez porque é tão "oculto" e tão, afinal, próximo do que (me)significa. De certo modo lhe aprecio a ironia. Num conjunto heterogénio de artes e ofícios, é dado como profissional em muitas vertentes: poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e comentarista político.
Desta vez, correspondente comercial, neste texto me revejo:

Excerto de "Tabacaria" que começa:
"Eu não sou nada
Nunca serei nada
Não posso querer ser nada
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

 

Eça de Queiroz, que muito admiro: "Sobre a nudez forte da verdade, o manto
diáfano da fantasia", está escrito na estátua de Teixeira Lopes, que quase me passava despercebida. Frase de subtítulo do seu livro "A Relíquia", publicado em 1887. Relembro esta introdução que creio ter sido um slogan de um programa da Emissora Nacional, clássica, nos anos 50/60.


E o Largo, de Camões (1524-1580), o maravilhoso poeta do aventureiro mundo português que ele tão bem descreveu,
donde logo recordo "O Adamastor":
"Eu sou aquele oculto e grande cabo
A quem chamais vós outros
Tormentório" 
- Excerto de "Os Lusíadas", canto V, Luís de Camões


A Biblioteca Camões tão escura e envelhecida mas que verifiquei depois ter sido resgatada às intempéries do tempo.
Terreiros, ruas e ruelas





Largos com a imponência de quem nos governa
logo seguido das vielas dos governados




E os pormenores que me provocam andando a pé e com os olhos rentes ao olhar












Voltarei um dia destes...

Friday 26 April 2019

As casas e os sítios XVII - Lisboa na volta 1

Dessas "enormes" férias e visões, Lisboa a pé, já sem querer visitar mas apenas "passar". À volta de Campo de Ourique, cumprimentando a Casa Fernando Pessoa






 Recantos românticos que, através do tempo e alguns anos depois, vi degradados

O incrível espaço de jogar a bola, mesmo ao lado dos edifícios das Amoreiras. De que me habituei a gostar, com as suas cores irisadas.


 E o que notei, dos jacarandás que sempre procuro em Lisboa

Escadas que ligam ruas e pessoas: não será fácil aí viver, transportar, subir, descer...

Fui verificar: o MUDE ali ao lado, no antigo edifício do BNU, só seria inaugurado em 2008...

Junto a Belém, com os Jerónimos ao fundo, para um adeus e até breve!