Wednesday 10 January 2024

Praia da Amorosa 2011 VI - Viana do Castelo

Para Viana do Castelo (lugar marcado na profunda juventude de um de nós), mais para passeio e vistas, de fora e à volta, que para a cidade propriamente dita. 

Durante anos de adolescência, há muito tempo atrás, os meninos do seminário eram guardados e ensinados na dureza monástica, apenas indo a casa uma vez por ano, durante um mês de férias. Por essa razão, ter a ideia do lugar "onde eram enviados os filhos a mais" e a consentânea religiosidade da época, já lá tínhamos ido antes em visita, que as memórias doem e é preciso tratar delas, desfazendo o nó.

O enorme Santuário do Sagrado Coração de Jesus (construção iniciada em 1903), no Monte de Santa Luzia, inspirado na Basílica do Sacré-Coeur, em Paris. Eram muitas vezes ali, os passeios das ainda-crianças: lá estão nas fotografias há mais de 70 anos, todos arrumadinhos nas escadas, bem comportados, que vidas tantas foram depois...
Essencialmente a vista para sul é plena e muito bela

Não resistimos a tirar um retrato "à la minuta" pelo senhor velho com quem conversámos e que nos disse ter herdado aquela profissão do pai

Dentro e fora, a igreja não tem qualquer impressão de "beleza" mas de mole imensa onde mergulham os seguidores da grandiosidade aparatosa da religião católica
À volta se andou que o cimo do monte é espaçoso, num um cenário cheio de árvores e recantos. E com uma Pousada bem integrada na paisagem, com o mar sempre presente





 

Este caminho não é caminho de carros utilitários. Sabemos isso bem porque uma vez, na vacuidade dos 20 anos, metemos por ele e pelo alto dos montes, ora um ora outro, em lugares de espantos sossegados, onde o azul do mar tanto aparecia em baixo como em cima. O que muito me admirou, nesta minha mania antiga de me situar no terreno.



Por ali demos a volta para trás não sem antes ter visto um garrano, sossegadamente a pastar na berma

Para baixo na costa atlântica, nomes conhecidos: Areosa, Afife, Carreço.




1 comment:

M. said...

Também pelas alturas de Viana do Castelo andei por duas vezes (em criança e em adulta) e conversei com o senhor velho da máquina fotográfica.
(Cáustico o teu texto na primeira parte das aspas, mas bem apreciado...)