Publicado o hiato destas (outras) recordações do presente, (re)volto-me para os tempos de mini férias que conseguíamos fazer por fugidas aqui e ali. Novembro 2011, nem acredito: apenas há 13 anos! Neste caso, ficamos duas semanas em C . Ourique, no pequeno e belo apartamento de muito ar e vistas. Estava vago pela grande viagem ao Oriente que o casal andava a fazer...
Durante anos parávamos aqui, pelo caminho. Área de serviço ampla, calma, desimpedida. Sabíamos que faltava uma hora para chegar a Lx. Há tempos esteve em obras e "a concessão" foi dada ou comprada (não li nada sobre isso...). Diz que é o "player" preferido, de um grupo multinacional, só podia! Passou a ter mais comida plástica, tudo muito moderno e cool, até a ouvir passarinhos nas casas de banho, as bacias de lavar as mãos todas translúcidas e em rampa, as torneiras "inteligentes", os bocadinhos de papel higiénico do tamanho da mão (fechada), os secadores tipo motor de ar quente, tudo muito higiénico. Nunca mais lá parámos!Quanto ao lugar, a paisagem, era deslumbrante. Quantas vezes me debrucei na varanda para a frente, nascente e para poente!
E pronto, depois há andar com os olhos motivados por apontamentos que agora me dá gosto ver.
No dia a seguir, já às voltas na cidade, em direcção ao Chiado, as ruas a pé, quando os pés se moviam tão bem!
Esta era uma barbearia antiga que verifiquei, algum tempo depois, já não existir
Tal como muitas vezes, muitas... os apelos ao que necessitamos ser e dizer: manifestação "Contra a exploração e o empobrecimento". É para continuar.
Estátua do cauteleiro, figuras típicas nas cidades há tantos anos
Miradouro e jardins tão belos, com aquela luz de Novembro: S. Pedro de Alcântara
Muitas vezes, quando revejo as fotos antigas, dou com estas surpresas: porque é que tirei esta fotografia? E lá descubro o (meu)motivo, aumentando ou aproximando o detalhe: um prédio abandonado, com uma imagem lá dentro, Nª Srª de Fátima? Digamos que a "protecção divina" serve muitos propósitos.
Já tudo anunciava o Natal, mais do que o espírito da quadra, o espírito das compras!
Fernando Pessoa, na meia luz, junto à casa onde viveu: "Ó sino da minha aldeia...", ali atrás a Basílica de Nª Srª dos Mártires e o sino que lhe lembrava "a aldeia imaginária" (dizia ele também "O poeta é um fingidor..")
E também reparei: os telemóveis sempre em acção, agora muito mais. Uma praga quando usada indiscriminadamente.