Monday, 20 October 2025

Para o Algarve - 2012 - Castelo de Vide 3

Viajou-se entre Nisa - a barragem - e Crato, ainda com uma subida a Marvão. A terra, as pedras, as árvores, estavam gloriosas.


Passagem na ribeira de Nisa, barragem. 

Adiante, onde o condomínio das cegonhas flutuava na calma dos campos


Pousada do Mosteiro Flor da Rosa. Depois de recuperada exemplarmente, foi inaugurada em 1995. As modificações anteriores, de outros séculos, deixaram-lhe uma mistura de estilos, gótico, renascentista e mudéjar. É composta de um convento, um palácio e um castelo. Faz parte do grupo "Small Luxury Hotels of the World". Merece!



Depois de uma conversa com um dos empregados que lá estava, pudemos entrar, passear pelos claustros e corredores, vendo o ambiente e diversas obras de arte expostas. E tivemos serviço de bar com um copo de vinho branco, queijo e bolachas. Foram muito simpáticos.



As andorinhas...


E saindo em direcção ao Marvão, vimos Portalegre ao longe. 

 
Já no Marvão, nas alturas da Serra do Sapoio, parte da de S. Mamede,

por ali passeámos, pelas ruas inclinadas, notando a fortificação, os recortes e enfeites das casas






É um lugar bastante "sublime"...

Daí que voltássemos a Castelo de Vide, com grande vontade de jantar sossegados!

 

 

Saturday, 18 October 2025

Para o Algarve - 2012, Castelo de Vide 2

Tal como nos tinha dito, a senhora da casa levou-nos à cozinha para a vermos fazer os bolos e os salgados de que se ocupava. Com a naturalidade e o gosto das mulheres do campo, a paciência infinita dessa gente que se debruça para a terra, uma senhora mais velha ajudava-a: fiquei presa àquelas mãos, às formas das coisas, ao cheiro bom dos cozinhados, à habilidade dos seus dedos ágeis e contudo tão velhos e nodosos.

 

 

A seguir, fomos ver as rosas pelo jardim adiante. Pensei que quem tem tais cuidados com as comidas e enfeites também os tem com a natureza, as flores, os canteiros. Pareceu-me estar num paraíso de gente modesta mas tão delicada com as coisas que me encantou. É este, portanto, um post de comidas e flores!

Não foram só por ser rosas de tantas cores e feitios, foi a distribuição por cada canto de terra e vasos e o trabalho que tratar delas representa.
















A mistura e uma aparente desordem na distribuição dos canteiros e espaços, lembrou-me um jardim inglês e confortou-me o espírito. Gente que vive com e da beleza. Gostei muito.

 

 

Friday, 17 October 2025

Para o Algarve, por sítios enviezados

Atravessar em diagonal, foi o que fomos fazendo, sempre que possível. Assim se foi descobrindo um Alentejo de tantas referências antigas e memorizadas, lugares que se escolheram no mapa e se adaptaram às nossas passagens.

Rumo ao meio do país, parando na Sertã para passeio e almoço. É uma terra muito agradável, haveremos de um dia mais tarde passear à beira rio e no jardim. 



O bucho e maranho tradicionais da Sertã

E seguindo para Alpalhão. Uma vez, há anos que anos, tinha-se passado ali e havia um Festival da Pedra, onde os artistas ou artesãos trabalhavam enormes pedregulhos na praça. Gostei de ver algumas das obras agora ali em exposição. A vilazinha é arejada, o jardim bonito, com as pedras e esculturas ao ar livre por lá. Por vezes uma caiadela e um bocadinho de gosto transformam tudo!

 


 

E para continuar a passagem, desta vez foi de paragem em Castelo de Vide e a Quinta do Patameiro, que não sei bem como descobri... para ver melhor a  Serra de S. Mamede. O lugar e os jardins eram agradáveis, a senhora que nos recebeu também, o sítio fora do centro, com um belo sossego à volta.  


 
 

Recebidos com bolos que no dia seguinte irei ver fazer 

Passeando pela Praça de D. Pedro V, em Castelo de Vide, onde havia algumas esculturas expressivas, em bronze 



As ruas sobem para o castelo que não se visitou. Mas os velhos, que têm de subir e descer aquelas encostas, sempre reparo e me fazem pena, pelo esforço das suas vidas. 

Em baixo, a Fonte da Vila em mármore, do séc. XVI, construída em plena zona da Judiaria 


A placa de homenagem a Salgueiro Maia. A casa estava degradada, creio que entretanto foi recuperada.


Arrumada nas fraldas da serra..