Do outro lado do rio Nabão, a hermética e simples igreja de Santa Maria dos Olivais, com a torre medieval separada, os túmulos e simbologia templária bem evidentes. Uma candura asceta. Muito poderia dizer do que li, da descrição de descobertas e escavações: tudo isso está acessível em livros e crónicas de períodos mais recuados do que este. Aqui, neste passeio pela cidade de Tomar, quis especialmente "tocar" a História de quase mil anos, assim, à flor dos olhos.
E finalmente, porque comecei a minha volta ao contrário, as ruínas do castelo. Fundado em 1160 por Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários. Pedras de paredes sugeridas, ao sol.
O núcleo do Convento foi o oratório dos Templários: a Charola data do séc. XII. Obra refeita, acrescentada, restaurada e intrincada de símbolos. Impressionante pensar que nos deteríamos a ver, metro a metro, todas as representações religiosas e do imaginário dos crentes... que tempo para a ver, que tempo para a construir. Muito bela no seu conjunto de figuras e segredos emblemáticos, filtrados pela luz do alto dos janelões.
... os mitos, as verdades? Estes eram "os paços henriquinos", onde um homem visionava desconhecidos mares. Sobre que sacrifícios de outros homens e dum país onde chegou o ouro as especiarias o conhecimento?