Roma XVI

O caminho mais mais longo para chegar a S. Pietro in Vincoli - manias! O que era fácil seguindo o mapa e a lógica e não vagas indicações no inglês-italiano-cantado das gentes. Mas permitiu uma visão mais alargada e a ideia do "miolo" da cidade. Uma diagonal de ruas preciosas.

Fóruns Imperiais e Mercado de Trajano, considerado o primeiro centro comercial "do mundo"!

E Fórum de Augusto,

com vestígios do Templo de Marte

e templo de Minerva.

Encontrei o nome dos corvos de Roma! (pena, como sempre a boçalidade dos que estragam os painéis de informação). La cornacchia grigia. Cinzentos e pretos, grandes.

A maior parte dos museus não foram vistos, havia escolhas no tempo restrito. Mas adivinhados ou lembrados: tal como Leonardo da Vinci e o seu símbolo, desenho de 1490, representando as proporções do corpo humano, o "Homem de Vitrúvio".

Roma XV

Continuando do dia para a noite, com gente nova a puxar-nos para experiências variadas, pré-jantares e tudo! seguimos ruas e ruas, atravessando o Tevere, para descobrir e encontrar, um dos bons e antigos restaurantes na zona de Trastevere. Ei-lo:

Concluindo: as pizzas italianas não cansam mesmo nada. Diria até que "descansam" porque a gente se senta, finalmente, a esquecer quilómetros de passos andados e a degustar sabores diferentes.

Roma XIV

Lembrando-me que se anda e anda, neste dia começado a pé há muitas horas, com o Coliseu e a travessia do Monte Palatino, irresistível e necessário parar num bar de rua para uma pizza al metro! Muito boa, a massas das pizzas, os ingredientes variados.

E enfim, "La Dolce Vita" recordada na Fontana di Trevi, infelizmente em obras que escondem a sua magnificência.  Mesmo assim, tem um estrado por onde se passa, em fila. O "Oceano" deus do mar, é visível entre andaimes,

assim como os tritões e cavalos alados que o puxam numa carroça.

Encontro com um dos meus pintores/quadros preferidos!

Chegada à Piazza di Spagna e ao Museu Keats-Shelley.

Os Spanish Steps, que depois iria ver de dia, com a sua bela Fontana della Barcaccia, de Bernini. Sim, a que foi vandalizada há dias por hordas de futeboleiros dinamarqueses.

E já nas ruas, as do luxo, com lojas das marcas conhecidas.
Também lembrei outro filme visto há dias: "A Grande Beleza"onde os personagens vestem estas roupas e vivem estas vidas.

Como uma teia de aranha, a iridescência das plumagem do pavão, a beleza dos tecidos.

Roma XIII - O Panteão

Foi reedificado pelo notável imperador Adriano entre 118 e 128 d.C., sobre um templo mais pequeno, construído por Marco Agrippa, que fora destruído por um incêndio. Conserva a inscrição original na fachada e é o único edifício greco-romano em perfeito estado de conservação.
Adriano foi um imperador humanista e culto, era um viajante incansável, percorreu todo o império romano do Oriente e era um grande admirador da cultura grega.

Vem-me à lembrança um dos meus livros de eleição: "Memórias de Adriano" de Marguerite Yourcenar (editora Ulisseia, edição de 1983, com apontamentos sobre o livro e notas históricas, tradução de Maria Lamas!) e a comovente frase: "Animula vagula, blandula" que termina num poético adeus "Ai nunca mais brincarás..."

 Piazza della Rotonda

O interior e a cúpula são impressionantemente belos, nada faria prever do exterior a elegância do seu traçado. A exigência de engenharia a que obrigou para resistir a quase dois mil anos de tempo passado. Os materiais nobres e o oculus central com 9 m de diâmetro que deixa entrar a luz e a chuva sobre o chão de mármore. Fascinante.

Este templo foi originalmente dedicado a todos os deuses: convertido em lugar de veneração cristã em 609 d.C, tornou-se a igreja de Santa Maria dos Mártires e é agora lugar de túmulos dos ilustres de Itália. Calculo que por se ter tornado em "igreja" escapou a mais transformações ou destruições.

Túmulo de Rafael (1433-1510), mestre do Renascimento.

Um lugar de veneração de tantos credos!

Túmulo do rei de Itália, Vitor Emmanuel II.
Toda esta maravilha que nos convida a uma introspecção.