Wednesday, 8 May 2019

Quimonos e chinesices I

Dos quimonos me reza a história, os passeios.
Exposição "Girls in kimono" de George Hendrik Breitner (1857-1923), no Rijksmuseum, em 2016, pinturas e os ditos:







Continuo pensando neles com a "Mme Butterfly", uma das obras que me tem acompanhado pela vida: exposição no TNSC, em 2012






Por fim, o único quimono que me deram, 2011, tão bonito, infelizmente impossível de vestir por estar inutilizado pelo tempo

Quimonos e chinesices

Um dia destes, passou-me pelos olhares um quimono. Logo se me sobrepuseram imagens, tanto mais que se inicia a minha época das roupas sem cavas e tudo solto, para que o sol e a brisa (ou mesmo o vento) balancem o ar e os sentimentos.
Adoro quimonos, tanto pelas formas como pelos coloridos ou bordados!
Uma exposição vista há anos no MUDE, em Lisboa.
O tecido "Boro", o paciente trabalho dos remendos patchwork, apelidado de tecido da vida e das formas puras, era utilizado pelos japoneses e chineses. Segundo o que li agora, está de novo na moda artística.
Na base da sua criação primordial há séculos, está a "economia doméstica", de gente muito pobre, pois que os tecidos eram reparados e emendados à medida do desgaste pelo seu uso.
Por aqui, e  enquanto revia as peças que me fascinaram, fui procurar outras cousas do que me dizem estas formas e procedências.
















(Ponto assente que os japoneses não foram vizinhos que "se cheirassem", são dos que quanto mais longe melhor... Em tempos recuados e depois já no séc. XX. Bélicos e atrozes. Ocuparam a península da Coreia entre 1910-1945 e invadiram a China por diversas vezes. As guerras em que se envolviam eram particularmente sanguinárias, porque pretendiam e procediam ao aniquilamento e tortura das pessoas: ao ler agora descrições dessas épocas, e embora tenha visto vários filmes sobre este período, fiquei francamente chocada)
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Em contrapartida, viro-me para beleza dos tecidos: o "wabi-sabi" é um conceito estético ou disposição espiritual, que deriva dos princípios zen das duas religiões budista e taoísta. Reflecte a beleza do uso e das utilizações naturais, preservando a história própria que cada peça conta.
Da exposição de outras coisas várias, ficou-me a ideia de como viviam, os seus hábitos:

Os seus rituais de chá

Estas são botijas de água quente...
Um secador

As colheres que serviam para tudo