Rumo a Monchique, vila, com a ideia de subir da planície para a serra que é tão relevante naquela paisagem quase celestial.
Palco privilegiado de andorinhas e floresCaminhosA subirComeçou-se a ver a névoa ambulante a viajar pelos cumes e socalcos. A Serra de Monchique tem estas surpresas e faces diferentes.
Dali consegui vislumbrar a foz do Arade, Portimão e até Ferragudo, com a sua enseada e farol
E "à solta" andava o gado pacífico no nevoeiro. De uma vez, dia luminoso, encontrámos e falámos com um pastor que nos contou da miséria em que vivia, e dos hábitos de subir-descer a serra. Pedi licença para o fotografar: 1982!!!
Também me lembro que esta casa arruinada já teve vida e clientes: e havia frango assado, presunto, pão da serra...
Passando a Ria de Alvor e os seus caprichos espelhadosAli acima passámos férias com amigos. Era a última e mais alta casa daquele caminho sem saída, com uma paisagem única. Nunca na vida julguei que se pudessem fazer mais casas naquele monte, mais acima dessa vivenda...
Fui recuperar duas fotos antigas, desses inefáveis anos 80, a casa da colina
e as crianças que podíamos ver da varandaA Praia Grande e os filhos de gente que conhecíamos e nos reconheceu. Eram os pequenos almoços mais maravilhosos das férias: sumo de laranja natural, pão saloio torrado, um livro, e olhar em frente: a doçura ondulante das ondas, os barcos de pesca e o alvoroço das gaivotas. Os filmes irrecuperáveis.
Ali adiante, na falésia, a Casa da Infanta, que agora é um turismo de luxo "real".
Quantas vezes se andou de um lado para o outro, na Praia Grande, rodeando as rochas, fintando a maré, descobrindo grutas, conchas e pedras. Algumas andarão por cá ainda.
Um lugar mágico e de muitas recordações.
.jpg)
%20(Large).jpg)
.jpg)