Vista do ar. Como não a viram João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, em 1418. Parecendo-lhes um santo porto para alívio de tempestades. A mim também.
Pelos tectos pintados e pelos chãos em rosáceas. A suavidade das escadas gastas pelo andar dos séculos. Nas curvas da madeira ou do mármore. Mais um lugar de ver e anotar pelos olhos.
Lisboa, o Castelo. Os mouros e as lutas. O amor e o devaneio nas margens. Tudo o que ficou na História e nas colinas pelos pincéis de azul. Donde hoje olhamos azul-Tejo.
Apesar dos sinais do tempo de abandono, ficam-se os olhos nos fetos das paredes. Manchas de cor, musgo e humidade florida. Ou curvas em espirais sem flor.