Wednesday, 29 October 2014

Alcácer do Sal e arredores

Passo hoje por lugares onde estive há tempos. Soltando-me nestes apontamentos de viagem.
E os sítios, a magia das coisas vistas e sentidas, invadem-me o espírito magoado por tantas incertezas e embaraços.



Santa Catarina de Sítimos, algures no mapa, onde Vénus, deusa do Amor e da Beleza, teria um templo pagão.
Nem de propósito para mim!


Pelo caminho, as cegonhas e as casas já Alentejo.




De onde vislumbro outras vidas, as que me interessam saber.
Sempre mais vivas (porque mortas).
São leais, são o que são; e não fingem.

Tuesday, 19 August 2014

Idos de Maio III

Terei entretanto passado uma outra vez, em Castelo de Vide.
(lembro-me que havia estátuas, muitas rosas, um outro ciclo: hei-de procurá-las)

Há lugares que se quedam no imaginário e quase é preciso ir verificar "como estão", se existem ainda com a mesma languidez dos caminhos e das gentes, das paisagens. Se as esquinas são ainda elas. Se melhoraram ruas e pintaram paredes, se as árvores cresceram.
Por este país me perco assim, encontrando a soleira da porta como um gato, pelo dom de poder tornar.
(mesmo que cresçam casas nos lugares das árvores, é preciso preservar a harmonia; essa é a que (re)descubro ao voltar; ou não).

















Idos de Maio II

De Castelo de Vide,
(elle est trop vide, mon âme, à ce moment d'août),
havia as imagens velhas. Muitas, com gente dentro, não estão aqui.
Um passo gigantesco, parecendo diminuto no dia a dia, levou os risos de amigos, os cabelos negros, as pernas ágeis.











Estas duas nasceram numa casa, de procurar alguém que foi minha vizinha alguns anos. Com quem falava e de quem conhecia a vida atribulada.
Nunca a cheguei a encontrar.

Tuesday, 8 July 2014

Idos de Maio

É já tempo de (me)reunir às belezas que (re)descobri, nos lugares de descer até ao mar-do-sul.
Dois dias em boa companhia e com tanto de tudo, caminho, pedra, flor, paisagem, terra.
Na Quinta das Lavandas, sem "elas" em flor mas sorrindo à promessa.