Friday, 5 July 2019

Barcelona 2007 I

Uma das coisas curiosas que "soube" - sei lá como - e notei: muitos dos edifícios, nas praças e cruzamentos em perfeita quadrícula, têm esquinas cortadas. Isto facilitava sobremaneira a circulação de veículos, embora ainda nem automóveis existissem aquando da construção!
Eis um exemplo do que se verá inúmeras vezes:
Quando se deu a reconstrução/reformulação da cidade a partir da fortaleza que a envolvia (Ciutadella), as ideias e propostas eram muitas. Venceu, contra outros, parcial e atribuladamente, o plano do Engº Cerdá (1815-1876). Li bastante sobre os projectos mas meter-me pela "arquitectura" dentro não é o meu plano actual!
Basta olhar o mapa da cidade. Gozei as plenas e largas avenidas, apreciando no "Eixample" a regularidade dos seus traçados.
Tudo isto que verei, calcorreando... e mais.
O Hotel era um 3*** fraquinho e bem longe. Com difícil acesso a pé, sem metro perto (primeiro apanhar um comboio de ligação ao metro...). Mas é claro que nos organizámos o melhor que pudemos, três casais, para comprar bilhetes e sair à noite. Do plano e do rebanho, sempre se tentou fugir para coisas que mais nos interessassem.
Fica a primeira visão da saída e da confusão das "ramblas".




Estas figuras que já são tão comuns, até aqui, dão-me sempre uma certa tristeza. Se forma de arte ou entretimento, são deprimentes.






As esplanadas - e as cervejas - são inúmeras.
E os carteiristas.
Mal sabia eu, tão consciente e avisada, que iria ter duas tentativas de roubo nestes dias. São "os artistas da moina".


Wednesday, 3 July 2019

Barcelona 2007

Para Barcelona, de volta a discorrer pelas viagens dos últimos anos.
Onde tinha estado numa feira, em trabalho, uma década atrás: quando o mundo era redondo.
E eu caminhava sobre vidros partidos como se asas me sustentassem.
Ou estivesse, simplesmente, desaparecida da minha vida habitual!
Sempre gostei de voar, o único meio de transporte que não me enjôa. E recordo-me perfeitamente da primeira vez que andei de avião, era um fim de tarde e o céu parecia fogo, através de lágrimas das despedidas. Outras histórias de "deixar".
Esta cidade, que conheci em condições muito diversas, exercia "algum" fascínio sobre as minhas memórias.
Manhã cedo, muito cedo, um grupo e apenas quatro dias para tudo o que queria ver e rever.

Porto deixado

Calculando pelas horas que seriam as terras áridas do meio de Espanha
Cidade colónia de Roma há mais de dois mil anos, "Barcino" ou, depois, Barcelona já vislumbrada. O Mediterrâneo!






Enveredar pela história desta parte da Catalunha é uma obra monumental que já não consigo abarcar: os primeiros povoados, referências imensas através dos séculos, dos reis espanhóis ao desenvolvimento industrial, à guerra franquista, ao orgulho catalão, aos eventos que transformaram a cidade (Jogos Olímpicos de 1992), à formidável obra de engenharia que foi reconstruir e modernizar, sem perder o romantismo que nos surpreende em muitas esquinas.
Limito-me a apontar alguns lugares, o mapa está na cabeça, as ruas nos pés que os percorreram, as imagens... no olhar quando recua no tempo.
Uma volta panorâmica de autocarro e a cidade desenrolou-se: como se tivesse apenas visto "um trailer" e agora as peças do filme começassem a encaixar-se




Onde estive antes, nos pavilhões da feira, em 1997.

Museu Nacional de Arte da Catalunha


Do Monte Montjuïc




Teleférico e vista a partir do Parque Montjuïc
Praça Cólon, Cristovão apontando a América, "O Novo Mundo"


Avenida monumental seguindo o Parque da Cidadela - e há-de aparecer o Arco do Triunfo, projectado para entrada da Exposição Universal de 1888

O rendilhado das janelas e das árvores,
mais a eternamente em construção "Sagrada Família" e Gaudi, Gaudi em tantas referências pela cidade.






Tudo visto de passagem, a contar "ver tudo com paragem"!