Da arte dos ferrolhos nos tempos
Porque deste largo, velha igreja e pelourinho me contaram uma história verdadeira
Castelo de Elvas e as portas encantadas, grades cor de sangue vertido e esquecido.
De como há 3 portas: A, B e C para magros e altos, para gordos e para baixotes.
Das tentações de fortificar e proteger quando os anos são vãos.
E passam, sobre as várias fortificações.
Das guerras, também as Napoleónicas, expansionistas, repetidas (ainda hoje em tantos lugares). Dos portugueses e ingleses mortos. Destes, também soube paradeiro e descendentes, um acaso de sinais.
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Consta que na torre que fica encostada à casa em frente do pelourinho, dormiam os últimos sobressaltos os condenados. Uns de culpa certa, outros de crime inventado.
Consta que uma mulher mais de letras que de obediências lá passou da torre para a adega através de uma porta que finalmente se abriu. Corria a folia do séc. XVIII: num dia era-se bruxo, no seguinte santo. Ou vice-versa. O juízo das pessoas nunca foi fixo. Flutua ao vento suão.
A adega foi mais chão de vítimas e loucos que de riso de vinhos.
Os habitantes da casa sempre iam e vinham ao sabor das guerras. Das várias guerras. por isso fica tão alta, tão junto ao castelo.
Ainda se sentem os cavalos, de carne e osso ou mecãnicos, atrás do portão. Chegou a ser quartel até de sonhos.
É sítio para se ler nas pedras, talvez mais que nas palavras. Em tantas línguas.
Abraço.
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