Estando no Sul, ao sul se tenta ir. Assim colecciono lugares "de que ouvia falar" ou até "os cantava" há décadas. "Andaluces de Jaén", anos 60 e tal, poemas e músicas de Paco Ibañez, 3 discos de vinyl preciosos. Em um deles:
"Andaluces de Jaén.
Aceituneros altivos,
decidme en el alma, quién?,
quién levantó los olivos?
Andaluces de Jaén.
Andaluces de Jaén.
No los levantó la nada,
ni el dinero, ni el señor,
sino la tierra callada
el trabajo y el sudor.
Unidos al agua pura
y a los planetas unidos
los tres dieron la hermosura
de los troncos retorcidos.
Andaluces de Jaéen
decidme en el alma, de quién?
de quién son esos olivos?
Cuántos siglos de aceituna,
los pies y las manos presos,
sol a sol y luna a luna,
pesan sobre vuestros huesos.
Jaén, levántate, brava
sobre tus piedras lunares,
no vayas a ser esclava
con todos tus olivares.
...
(Poema de Miguel Hernández no disco "Los unos por los otros" - La Poesia Española de Ahora y de Siempre)
Onde aprendi Espanha, depois da escola em que nos guerreávamos em tanta batalha? Mostrada como perdedora ao ponto de eu pensar, menina, que não gostaria nada de ser "espanhola"?
Aprendi o país e as gentes com os escritores, com os poetas, com os pintores, com o cinema, com a desgraçada analogia de ser a Península Ibérica governada por dois seres maus.
Aprendi também com as pessoas que conheci, pobre gente emigrada e sofrida, da Galiza, de Andaluzia, porteiros, cozinheiros, mulheres de limpeza.
Com todas essas imagens que me assaltam a memória, caminho nas suas terras de origem como se um bater de asas e pálpebras mos trouxesse de volta.
Sempre caminho acompanhada.
Com o azeite de Jaén.
Das noites de cansaço em que "ficar" é preciso.
A luz solar do azeite, com paté de perdiz ou com queijo
O precioso-doce e os desenhos.
Parque Natural de Andújar, no caminho e pela tarde dentro.
(todas as pedras, terras profundas e todas as oliveiras ficarão para me soltar em outro dia).
1 comment:
Aqui são as cores ds sabores que ressaltam.
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