Podemos viver muitas vidas, aqui, ali. Acho eu. Podemos viver melhor ou pior ou diferente.
Na morte somos mudos, únicos, iguais e solitários.
Em Setembro 1997, estava eu em Londres onde assisti, por acaso, às manifestações públicas e anónimas, aquando da morte de Diana, Princesa de Gales (1961-1997) e de Dodi Al-Fayed.
Palácio de Kensington
Havia todo um ar estranho e estupefacto. As montras dos Harrods estavam discretamente decoradas com fotografias e cartazes póstumos, lembrando o (eventual) par. Na rua, uma banca corrida com livros abertos, onde as pessoas iam passando e escrevendo o que lhes ia no pensamento. Nenhum polícia para manter a ordem: o silêncio e o desgosto eram a ordem.
"All you need is love"
2 comments:
Se calhar trocámos a very polite smile. Também lá estive nessa altura. E todas essas manifestações foram e são o espelho do espírito britânico. Tão estranhas e incongruentes para alguns continentais. Do individual (variado e autónomo) para o colectivo. E a função dos símbolos tornados sinais de uma nação inteira embora heterogénea. Enfim, uma racionalidade emotiva. Que também senti de fora para dentro e de dentro para fora. Como se o sangue tivesse um território. E uma língua.
bjs
Desabituada de visitas... muito me "pleased" ter-te encontrado, cruzado ou respirado um ar comum, meeeesmo há que tempos. E ver-te a passar aqui com a reflexão de "uma racionalidade emotiva" que tal qual a senti e sinto, quando Londres me afecta. Bj
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