Tuesday 14 July 2015

Londres I

Foi uma decisão arriscada, depois das doenças de Inverno, a domesticidade dos hábitos.
Passaram-se 3 meses desde a viagem (tão) encantada como um filme de que se gosta e revê: organizei as fotografias por dias para este apontamento de visões e viagens à solta.
Prometi a mim mesma só escolher as melhores, as demonstrativas, as poderosas de memórias, os lugares, os estados. Não consegui senão seguir este fio condutor: ir, começar asminhascoisas com o início delas.

Chegou a madrugada e o nascer do sol, na cidade vazia. Sempre gostei de sítios de passagem, aeroportos, gares, portos. Há uma distracção no movimento, uma vontade de ir além.


os mapas olhados, o algodão das nuvens e o recorte da terra. Que histórias habitarão o "lá em baixo", que tempo fará, que praias que montes que gente que casas?

o primeiro vislumbre dos campos ingleses,

e o segundo, já no autocarro, revendo a Primavera mais a norte,



as cores sóbrias do tijolo, do velho granito, as esquinas floridas,

e o Tamisa, as gruas ao longe prometendo mudanças,

40 anos de diferença, de Victória Station, mais colorida, mais animada de pessoas fazendo os seus caminhos diversos. Comer de pé. Parece ter chegado a pressa também ali. Em obras e remodelações em muitos lugares, talvez uma acuidade de ser mais velha me tivesse feito reparar nas dificuldades e "no forro" antigo e degradado.

Depois de ir ao hotel, só apetecia a mesa de madeira e a cerveja de um "pub",

tantas horas de viagem e atenção,


e mesmo assim, irresistível o parque ali ao lado,


as "squares" que tanta calma dão às ruas,
e logo logo perto dos:
"Sketch the trees and daffodils" de Vincent Van Gogh, velha canção (Don McLean, 1971)

e a seguir Oxford Street, reencontrados alguns lugares que nos eram tão importantes.



1 comment:

M. said...

Não fazia ideia que tinhas recomeçado a viagem. Gostei do início. Voltarei, passo a passo.