A sala e a luz parecem conter algo de misterioso que muda com as horas do dia e o passar do tempo, à medida que caminhamos. A custo que há sempre muita gente, à volta, à volta.
É manhã e por isso amanhece o jardim, acorda-se o lago.
"L'illusion d'un tout sans fin, d'une onde sans horizon et sans rivage"
Entrando agora na emoção dos pormenores, nos azuis que nos entram nas mágoas, na transparência que nos enche. Ah... les nymphéas!
Pela posição dos quadros, penso que esta parte seria já o sol poente, despedindo-se. Mas eu tinha de ir contra a corrente de máquinas e pessoas, se queria algum sossego e intimidade para ver: de longe "a impressão", de perto, a amálgama de traços e cores sobrepostas.
Pensamos que é dia claro e as pétalas das flores abrem-se ao sol e rodopiam como saias de menina.
(a máquina tremeu-me quando percebi que alguém tentava tocar na tela...)
Os painéis são enormes, aqui vê-se a junção deles. Monet tinha problemas de visão nos últimos anos de vida e estava quase cego no tempo em que os finalizava.
Uma euforia da cor na água.
À tarde, sopra uma brisa sobre o lago, balança os ramos,
E é como se, de repente, caísse a noite, arrepiando e escurecendo a água, no jardim de Giverny.
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