Mais tarde, alguém trazia sacas de dropes, como lhe chamavam, castanho claro, que se pegavam nos dentes de leite.
Na escola, estávamos de costas para os espanhóis, fartavam-se de fazer sortidas ao rectângulo: D. Afonso Henriques e outros a seguir, suaram as estopinhas para manter as quebradiças linhas de fronteira. Isto sem pensar nos Filipes! Com 8 ou 9 anos, eu só pensava que os espanhóis eram uns tristes que perdiam todas as batalhas.
A primeira vez que lá fui, no fim dos anos 60, foi ali adiante, a Vigo. Com um casal que se descasou mais tarde (sendo uns amigos que, nos nossos conhecimentos, nos foram mais maus que bons como outros; tantos). As lojas, os chocolates, a vivacidade espanhola, os "pirexes" nos supermercados (o 1º hiper abriria aqui só em 1985!), sabonetes de alfazema e loções, as paisagens, tantos barcos e velas, as ilhas Cies ali tão perto... como gostei de Vigo!
Haveria de lá passar, intermitentemente, em alguns anos e saídas alargadas, com a surpresa de encontrar esplanadas viradas ao mar e gente "mais solta".
Desta vez, salto no tempo e lembro o norte de Espanha, Corunha, 1998:
E, se salto no tempo, também salto no espaço: Ilha Canela, de passagem, lugar que só pelo nome me atraía... Passados mais uns 15 anos, é insuportável! Fica a reflexão modesta.
No comments:
Post a Comment