Longe e para lá dos alcantilados por onde passámos, fica o maior Observatório Astrofísico do Hemisfério Norte: no Roque de Los Muchachos, sítio astronómico de referência, com a colaboração de vários países europeus e mais de 9 telescópios gigantes instalados. Uma curiosidade que tinha aprendido ao estudar "o passeio" mas que, evidentemente, não se iria ver.
Descida entre plantações de bananeiras, para Tenagua, pequena povoação onde se almoçou. Por curiosidade, num restaurante gerido por madeirenses, recuperado de uma adega antiga.
E começávamos a ver lava, paredes e solos... Saímos para norte, para uma viagem pelos campos de paisagens reais mas indescritíveis. Só mesmo andando por cima dela, da terra queimada e petrificada.
Estou a lembrar-me que, nestas viagens de grupo, se fica sempre para último... já lá vai o grupo à frente e eu/nós ainda a descobrir um ramo, uma flor (neste caso, papoilas sobre fundo negro, como podia não parar?), um recanto, um horizonte!
O vulcão de S. João teve a sua última erupção em 1949.
Visitámos os campos, vendo-se ao longe o caminho da lava pelo monte abaixo. E todas as formas dum inferno recozido
onde se atrevem a crescer algumas plantas de cores vivas
cactos e furnas,
formas de árvores petrificadas
um deserto negro impressionante. A lava desceu, espraiou-se e entrou 3km pelo mar dentro
Já na saída, deixando para trás um mundo que eu nunca tinha visto. Todas estas ilhas são instáveis: no sul, em Fuencaliente/Teneguia, a última voz do vulcão foi em 1971. Os geólogos estudam-no e sabem que está activo actualmente.
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