Tuesday 20 February 2018

Holanda - Amsterdam XXXIII - De partida

Aproveitando o caminho de Volendam para o Aeroporto de Schiphol, deduzindo lugares, neste caso diferentes pois contornámos Amsterdam pelo norte,


a pensar na tal família dos patos, tão serena a passar como se flutuasse



E porque me dá a ideia, sempre, que NÓS fazemos "janelitas" e não aproveitamos o sol que temos, enquanto que "no estrangeiro" o que eu noto é haver vidraças largas, varandas, pátios, aberturas, mesmo com pior clima.
Penso, de mim para mim, que o tempo do Estado Novo (diabo, que nem me apetece a letra maiúscula!) nos moldou muito mais profundamente do que se quer admitir, na mesquinhez, no tacanho, no poupado, no segredo, no manhoso - quantos mais adjectivos pejorativos encontraria!


Começava o pasto dos milhões de vacas!



A chegada ao aeroporto teve algo de caricato: avisou-nos o guia que tivéssemos cuidado com "os queijos" e os levássemos nas malas e não na mão, pois poderíamos ter problemas na passagem pela alfândega (holandesa). Ora como se tinham comprado os queijos nessa manhã, já com as malas dentro do autocarro, o grupo português merecia um filme: a um canto da entrada e antes do check-in, toca a abrir malas e enfiar os queijos pelas roupas e diversos!!! Tirei fotografias, é claro, e não tinha tanta mercadoria como isso mas fiz como todos. E achei de um preciosismo bacôco que a alfândega holandesa se preocupasse com meia dúzia de queijos que os passeantes levariam...
Nada melhor que uma fila de carrinhos de transporte para ilustrar o "carneirismo".
Andando pelas imensas passadeiras rolantes e passagens - e porque me parece que as companhias aéreas quanto mais insignificantes são, mais longe ficam -, ainda tive um vislumbre mágico e colorido

E no ar estamos, com a sombra do nosso avião em direcção ao poente.
Com esta mania minha de VER, do ar, no único sítio onde nunca enjoei!



Fico fascinada com os lugares, os reflexos, engolindo nuvens e paisagens imensas,
os aviõezinhos de brincar...



ah...os rios, os rios a brilhar, tinha a certeza de estar a passar sobre França, Le Havre, onde desagua o Sena?


Esta imagem de "ilha" com perfil de velha à janela, das vezes que voamos para cá, vindos do norte sempre a noto,
(ora insisti em saber agora e segui a rota dos aviões, aqui na net: é a ilha Noirmoutier-en-Île!)
e o Douro, o Douro-rio
já havia incêndios em Maio...

As nossas pontes, perto e mais perto

3 dias... tão cheios que só agora percebo a dimensão deles!

1 comment:

M. said...

Pois a mim pareceram-me mais do que 3 dias, tal a profusão de lugares e pensamentos (maravilhados, comovidos, sentidos, nostálgicos, curiosos, críticos, humorísticos, acutilantes) que aqui encontrei. Bela viagem!