Sei que se voltava nesse dia da Quinta da Regaleira, já crepúsculo avançado, e mesmo assim, nos detínhamos olhando as rochas batidas por mares revoltos e escuros.
Um outro dia, de sol, na Praia do Magoito
e arredores
Praia das Maçãs e peixe "a ver mar".
Haveria de procurar a ponta do monte onde li decorrerem escavações arqueológicas, o "Alto da Vigia", de que há vestígios de construções romanas c. séc 2/3 d.C.
Não encontrei, o matagal é denso e só com visita guiada. Também não interessa nada que mirones e passantes andem por ali a pisotear um chão antigo. Mas não admira que os romanos ali tivessem um templo naquele belo promontório (há escritos antigos sobre essa construção) para o culto do Sol, da Lua e do Oceano.
A praia das Maçãs onde desagua a ribeira de Colares que, segundo a lenda, traria maçãs das quintas de Sintra, na corrente.
E ainda Praia Grande, de que tanto gostei e onde haveria de voltar. Não é extensa, é uma pequena baía, de um lado um hotel lindo (na ocasião que o conheci era despretensioso, com características dos anos 60/70, o que para mim tem mais encanto do que as piroseiras modernas em vidro...), todo virado ao mar e quase dentro dele, e com os rochedos enormes guardiões ao fundo.
Ali se podem ver (de longe, está sempre tudo fechado, há perigo de derrocada) as concavidades das pegadas de dinossauros que fizeram o seu caminho há milhões de anos. Li que as convulsões da Terra que originaram a elevação de Sintra, transformaram "a planície", levantando-a, daí as placas enormes, quase a pique, que se vêem.
Escrito na pedra.
1 comment:
Gosto desta luz.
Post a Comment