Monday 14 October 2019

Do vinho e da vinha

Aproveitando a boleia à ideia do Mosteiro da Cartuxa e o se fez a seguir, o que lembrei,  da Fundação Eugénio de Almeida.
A história da Fundação é interessante, será controversa (com o 25 de Abril e a quebra das regras do latifúndio no Alentejo) mas em qualquer lado se verá ou lerá pormenores desse período. Estamos no agora e é uma sensação que procuro fruir no lugar onde estou.
Senti, em Évora, uma presença actuante, dedicada à cultura e às artes, que muito me agradou. Um dos lugares que sempre se visita, en passant, são as vinhas e as coisas do vinho. São geralmente sítios especiais, pela localização, pelas paisagens, pelo cuidado em pormenores a até, em alguns lugares, pela ligação às artes.
(lembrei um dia maravilhoso há anos, de passeio na Herdade do Esporão! e tudo, também a exposição de rótulos de garrafas pintados pelos mais proeminentes mestres da pintura portuguesa)




Um belo interior


e um vinho muito conceituado que "conheço de nome", o Pêra Manca: de vários anos de colheitas, garrafas que chegam a custar entre € 50 a € 300 ou 500???... Na ironia que me habita, vem-me à ideia que são vinhos para privilegiados,
oferecer a doutores,
amenizar favores.
Dizem, diz-se, conta-se, que foi este vinho que Pedro Álvares Cabral levou para presentear os indígenas, ao chegar ao Brasil, em 1500.
Gosto de beber vinho, não sou especialista, basta que goste dele, nem saberia distinguir o vinho pelo preço!


Apontamentos da paisagem, ainda a ver parte do Aqueduto da Água de Prata




 A sair, pelos caminhos das cores

Assim recordei as vinhas e o vinho, partindo do Convento da Cartuxa e das suas raízes de séculos, a ligação à Adega da Fundação Eugénio de Almeida.



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