Descendo até ao fim a Av. D. Carlos e derivando para ruelas. Por curiosidade, levei agora o "homenzinho amarelo" pelo mapa a percorrer estas ruas escusas. E nada reconheci. Além de (poucos na sua traça original) edifícios recuperados, o resto são muitos sítios para comer e beber mais pernoitas, em promessas de ambiente com pedigree. Que em 10 anos o turismo em andanças very easy e o negócio tomaram as rédeas das cidades.
Pode dizer-se que "ainda bem" para que os prédios não caíssem de podres. Aquelas enormes oficinas antigas dariam para dividir e instalar um lugar de artistas e estúdios de criatividade. Contudo, descobri que está por aquelas bandas nascido um edifício que parece uma masmorra moderna, com grades de aço cintilante: era uma faculdade, de design, tecnologia e comunicação. Algo de bom e útil terá ensinado, estive agora a ler-lhe a história completa. E mais! Foi vendido em 2017 para "habitações": presumo o entusiasmo dos habitantes atrás daqueles XXX (Totoloto, se chamava o prédio, projectado pelo arquitecto Tomás Taveira).
Mas isto sou eu que gosto de "recuperar" mais do que deitar abaixo e tenho uma - certa - paixão pelas paredes em tijolo ou pedra, das janelas altas e arcadas, das fábricas antigas.
O novo num sítio novo, o velho recuperado na personalidade do seu carácter.
Ambos coabitando nas suas sabedorias.
(pensei: tal como as pessoas...)
Um abandono em bando-banco de jardim como se casa fosse
(cá por este tempo estranho, na espera e esperança de uma vassourada!)
De regresso ao que (me) parecia um ninho empoleirado e virado para um redondo céu com rio.
Com a "estrela" me vou.
1 comment:
Entre o Norte e o Sul, entre o velho e o novo, assim vamos passeando contigo e ouvindo-te. Um belo passeio, uma espécie de guia ambulante.
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