Verifico que tenho 30 livros dele.
De antes? Recordo o nome do escritor e inúmeras crónicas dos jornais, mas a primeira obra que me chamou a atenção, depois de "Levantado do Chão" e já com a percepção do Alentejo que amo, foi "Viagem a Portugal", edição de 1981, do Círculo de Leitores. Pedido que fiz à época através de um colega de trabalho, sócio do clube. Fascinante livro que tantas vezes consulto!
Então, a visão do tempo que é o meu pensamento recorrente, olha-me de um lado e de outro:

Percorro assim, encantada pela razão que me dá ver e perceber a coerência de um homem, a exposição "A Consistência dos Sonhos":
Na simplicidade de um escritório tosco e nu, uma velha máquina de escrever
O que releio com as certezas de então
A cronologia do "assalto" medíocre e maldoso de que foi alvo o livro "O Evangelho segundo Jesus Cristo", editado em 1991
O Prémio Nobel em 1998, o discurso cujo texto ainda hoje guardo: quem vai falar dos avós da aldeia onde nasceu, analfabetos, para tão requintada assistência e para o mundo?
A condição universal de ser lido em inúmeras traduções por muitos milhões, essa verdade que muitos querem ignorar.
As fotos da "sua" viagem pelo Portugal interno e íntimo
A agenda, com muita gente, com palavras, com tarefas, com encontros
As pedras vulcânicas de Lanzarote, a ilha que o adoptou
4 comments:
Em perfeita sintonia :)
Também tenho essa edição de 1981 da Viagem a Portugal.
O Memorial do Convento foi o primeiro romance que li, e que romance: nunca mais deixei de ler Saramago, acho que tenho todos os livros dele.
Comovente aquele discurso, caramba!
Só não vi essa exposição. :(
Boa semana!
🌻
Maria
Sim, também acho que era, foi, coerente e consistente.
Maria: esta esteva como um sol, ou sob um sol alentejano, eu já a vi. E não foi agora, foi em comentários de outros blogues? Será por termos amigos comuns? Eu, que já aqui ando há muito tempo, com o bettips, e com tantas outras ligações pelos anos, fico sempre impressionada quando "aparece" alguém de novo. Vai-se perdendo o que a memória arrasta no seu refluir de mar, outras marés. Obrigada!
Bettips: já viu a esteva aqui no seu blog nuns comentários que fiz a propósito das aldeias raianas da Beira Baixa.
E talvez tenha visto no blog da Bea ou da Isabel.
Mas a esteva não é do Alentejo, é da Beira. Tirei essa fotografia no dia 24/03/2019 nos arredores de Castelo Branco, num dia de muito vento e após uma chuvada: daí ela estar com as pétalas enrugadas, mas de todas as que fotografei foi a que escolhi para o perfil (que desapareceu e não consigo recuperar).
A Bettips tem andado a recordar sítios que eu conheço muito bem, e tem sido muito bom revivê-los na sua companhia :)
E hoje descobri que também gosta do Saramago e não resisti a comentar.
Muito obrigada eu.
Beijinho
🌻
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