Galafura explicada à memória XIV

Em chegando, com apetite bastante para o cabrito e o arroz no forno de lenha, e as (sempre) belas paisagens. 

Com a diferença de termos uma agradável companhia e um nevoeiro místico, um véu que ora se levantava, ora corria diante dos nossos olhos, ora pousava nos montes longos. Uma vez mais, e agora que a memória o percorre com vagar, me permiti notar e espantar: como um lugar quieto se modifica! Conforme o que reparamos, o que se nos depara, no instante de acontecer diante de nós.

A máquina fotográfica diferente não lhe deu a nitidez, nem do perto nem do longe. Deu-lhe uma espécie de esvaimento, que terá também a ver com a luz difusa e as características desse mês de Novembro.

Quando estávamos à mesa, as meninas diziam "isto vai abrir", no entretanto da refeição principal e da escolha gulosa das sobremesas (para dividir e provar tudo...)

Assim ia sendo, a ver passar as nuvens baixas

Notar a diferença das cores, o cansaço da vinha

À transparência.