Museu da Electricidade. Pela situação junto ao rio, e beleza da reconstrução conseguida, melhor ainda ir ver uma exposição de Maria Callas, uma mulher que marcou vários períodos da minha vida.
Retorno e vejo-me, aos meus 8 ou 9 anos, quando descobria em casa da vizinha, o Paris Match ou a doméstica Flama, e todas as caras e acontecimentos me maravilhavam. Como se fossem de fadas. Contos delas que lia nas colecções de infância e que, afinal, estavam ali descritos nas revistas: dos filmes, dos príncipes, das festas e sumptuosidades de artistas e gente famosa.
Maria Callas (1923-1977), A Divina.
Nasceu em Nova Iorque, filha de emigrantes gregos. Regressou com a mãe à Grécia em 1937. Morreu só, em Paris, depois de um luto de amor e canto a que se forçou. Toda a história da sua vida é fascinante e dolorosa. Sigo-a, fio a fio, até tombar no nada.
Uma sucessão dos seus vestidos a que fui prestando atenção, datas e dizeres.
A minha preferida, "Madama Butterfly", de Giacomo Puccini: a gueixa Cio-Cio San apaixonada para sempre - e deixada, agora me lembrei dos leftovers - por um oficial americano. Tantas as óperas a que Callas emprestou a voz magnífica e o sentimento.
"Un bel di, vedremo"
1 comment:
Pergunto-me se o amor não dará por vezes cabo das pessoas.
Post a Comment