Um Outono claro e límpido. Um lugar que estava no futuro-agora passado. No futuro digo, porque se conhece desde fins dos anos 60/início dos anos 70. Onde aconteciam as aventuras e curiosidades que fugiam ao apertado cerco das mentalidades da época. Onde íamos encontrar quem não podia passar a fronteira portuguesa. Acampados por lá. Pinhais, dunas, parque de campismo e praias, um café e a música espanhola muito alto. E as ilhas Cies em frente.
O único hotel ali existente ficou-me sempre "em pousio" nas ideias. Foi inaugurado em 1968 e, naquela época, era um luxo que se admirava de muito longe. Soube agora que esteve vazio uns 3 anos, que foi vandalizado por ocupações selvagens. Demolido em 2018, porque o consideravam um "monstro urbanístico", irá dá lugar a um monstro sofisticado, mais moderno e, inevitavelmente, com spa.
No caminho e a chegada
Do hotel, varanda sobre a marginal
A reportagem que fiz ao hotel, e não está toda aqui, é agora um documento histórico! E fi-la porque gosto destes ambientes dos anos 60/70, duma largueza e interiores discretos.
As ilhas Cies são zona protegida e Parque Nacional. Nunca lá fui por medo de enjoar na travessia mas pudemos ver fotografias belíssimas das praias e pedras, tiradas pelo casal que lá esteve, em recuados anos. Quase meio século.
Vamos à praia para um snack que nos conforta, só de o comer e olhar com os olhos soltos, em frente. É só atravessar a rua.
A graça que teve esperar que a gaivota passasse com os mesmos passos da pessoa ao fundo!
E segue-se o sol que se observava da varanda, numa teia de luz no recorte das ilhas
Até ver a cor da sombra.
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