Monday, 22 March 2021

Camélias em 2021

Interrompo as lembranças de 2009 pelo presente-agora, tão diferente.

E já há que anos me dá esta nostalgia de camélias. Começa em Novembro quando ainda furtivas, numa esquina improvável, mas metem-se coisas inadiáveis ou irresolúveis e vai-se protelando a saída. Depois chega Março: este ano sem o concurso de camélias que junta tantos saberes e cultivos tão diversos, muitas pessoas e lugares de que vou sabendo pormenores. Ponho-me a cogitar, a inventar, que é minha tendência distintiva e o que gosto. Inúmeros sítios descobri "por causa delas"! 

Voltei, aqui perto, ao lugar onde conhecer as pessoas me dá direito a passear, livre e sem cuidados. Quinta Vilar de Matos, que o filho do Snr. Paulino Curval conserva, com o mesmo sorriso aberto do pai. As contingências destes tempos malvados até proporcionaram a alternativa de um pic-nic no adro da Igreja, vazio. Fiquei a saber do antigo mosteiro do séc. XI - os extensos campos e residência dos monges, abandonados - e da Igreja da Junqueira. 





A tarde foi passada entre as camélias das japoneiras e as árvores, as flores-outras, os campos verdes. Com poucas palavras e muitos olhares.








A sagração da Primavera, em todos os lugares






 

2 comments:

M. said...

Delicioso este lugar. E delicioso também o cestinho do piquenique. Até me lembrou a História do Capuchinho Vermelho. Teria ele andado por esses caminhos de árvores e flores?

bettips said...

Se não andou, devia andar e passear!!! Infelizmente, o "lobo mau" de agora não se dá nestes ambientes tão solitários, prefere os ajuntamentos, sem máscara e sem vergonha.