A pensar numa rota conhecida, a Rota de Românico, de que se tem notícias há anos e se foi vendo ao acaso de saídas variadas. Aqui encontrámos a Igreja de S. Gens de Boelhe. De finais do séc. XIII, merece uma roda de passos em volta, apreciando o portal e as figuras esculpidas no duro granito do norte. Erigida num ponto estratégico na encosta, ao fundo a bela paisagem para o Rio Tâmega.
Nestas minhas deambulações e procurando preencher a memória dos factos que fui apontando, deparo-me agora com as mais diversas notícias e alertas. Ameaças alarmantes de há anos: barragens controversas, lugares desflorestados ???, praias fluviais e parques de lazer, turismos avonde e nos mais diversos lugares, baloiços sobre "paisagens" (como se as pessoas não pudessem estar quietas a olhar e a fruir os horizontes), quintas que eram "do património" e passaram a privadas, entupindo os caminhos num dead-end onde te quedas abismada... nem sei que diga!
Passo, muda e surda, ao lugar da Igreja, detendo-me em pormenores simbólicos desgastados pelo tempo:
Seguindo para Rans e o solar Honra de Barbosa: quinta dos tempos medievais (origem românica séc. XII depois modificada) que pertenceu a Mem Moniz de Ribadouro, irmão de Egas Moniz. Pelas notícias de agora é propriedade privada.
Do enorme perímetro de construção do "solar", se vê o antigo edifício-prisão
e os pormenores da capela do Menino Deus, com o púlpito exterior e a inscrição de 1698
Como sempre, ando à volta, pelos muros e pelos verdes...
"Estes símbolos do prazer-ver"