Centro - Outro mar VII

Hoje, 10 de Agosto de 2021, dói-me tanto-tanto a cidade... A Cordoaria, o Hospital, o Piolho, o Carmo, os Leões. Milhares de vezes, as passagens que não esqueço e é como uma cicatriz antiga, feridas mal curadas, que olho e sinto. 

Assim, venho para esta minha janela. De prodígios.

Um outro dia, as mesmas-outras águas. Fora de casa, as manhãs são...limpas e suaves.

Fomos buscar a nossa companhia, M., para almoço, conversa e passeio. Na Praia das Maçãs. Diz-se que a ribeira que ali desagua trazia maçãs dos pomares e quintas que atravessava. Acima dos rochedos, há um lugar arqueológico que muito procurei e não achei. Foi um templo dedicado ao Sol e à Lua, já referido em escritos do séc. XVI.

E Azenhas do Mar, outro lugar especial. Ali se alugou há anos aquele anexo, tão húmido e precário mas...em sítio tão bonito!

Os belos miradouros que as elevações proporcionam

Segue-se para os interiores das terras, parando na Capela de S. Mamede, em Janas. Lugar airoso, entre pinheirais. Igreja do séc. XVI ou XVII, em forma circular, com uma tradição antiga e curiosa: sendo o santo padroeiro do gado, os lavradores levam o seus bichos e dão 3 voltas à capela, para serem abençoados. No sentido contrário aos ponteiros do relógio, diga-se.

Parando nas arribas por onde se espreita o quê? o MAR!

Que simples: seria este um antigo moinho transformado em habitação?

Levar a amiga a Sintra e aproveitar o resto do dia claro

À espreita do Cabo Raso