Wednesday 8 September 2021

Em outro extremo - Estremoz

Deixo em pousio as recordações/anotações de 2009, que depois continuarei ao sabor das imagens que aqui reclamadas me aparecem. Mesmo que muitas já estejam em compactos arquivos "no ar" de memórias fotográficas, algures num fiozinho e placas deste apetrecho que as arruma!!!, quando vou a ver... num olhar de momento, haver/há duas mil e quatrocentas pastas, com muitos olhares dentro. Muitas vezes dou por mim com um nó, na cabeça e na garganta: quando procuro uma etiqueta, por ex. Lisboa, e me aparecem milhares de lisboas diferentes.

Desta vez o convite familiar fez-nos deslocar 600 quilómetros de casa e para: Estremoz. O gozo de brincar como e com "menina", descansar no meio dos montes alentejanos. Uma oferta irrecusável. E é claro que tirei apontamentos do lugar, das terras e coisas para ver à volta, dentro do possível. Digamos que foi uma...Glória!

Impressionante o silêncio, a paisagem, a exposição da casa Nascente/Poente, os tantos livros, a luz, as mil pequenas coisas de outras vidas que não conheço mas aprecio. Falam de "viagens", como eu gosto. Mas começo com o que me comovia sempre: o céu à noite, a Via Láctea, as constelações. Parecia tão próximo e tão povoado de luzes... E como eu penso que existimos no espaço porque a nossa imagem mais antiga está a projectar-se a milhares de anos-luz, encontrei os meus desaparecidos conhecidos. Nesse pensamento me perdi a olhá-lo, aquele céu do Alentejo, todas as noites.

Da viagem, quando os sobreiros se inclinam e descem para a estrada numa saudação, ao longe Évoramonte, os plácidos bichos dos campos



O espaço e a luz



Falámos de flores e de Camões





Esta primeira tarde, vimos do terraço, o primeiro pôr do sol na terra - ali p'ró mar de longe


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