Saturday 1 January 2022

Em Lisboa, porque sim...

Salto em frente uma data de anos, de 2009 a 2021, hei-de voltar às "outras viagens" antigas. 

Em Setembro e numa ida ao belo Sul, tivemos oportunidade de parar um "bocadinho" em Lisboa, com todas as precauções e mais algumas. Ver os meus, brincar, rir e sorrir com a menina. E andava com um grande "algo" em pensamento além, de um encontro com amiga. Uma amiga de gostos e ideias. Como propósito e de pretexto, ver o B-MAD, em Alcântara. Já fiz uma explicação e fotografias da entrada do Museu, no meu bettips, não aguentava guardar a beleza das coisas, mas neste lugar me espraio...

Tinha de as rever aqui, no conforto e no distanciamento, apreciar em pormenor o que ali foi visto de corrida. Nada substitui ver mas, para mim, é delicioso andar aqui no vagar dos meus olhos e pensamentos. E tantas informações encontro, complementares do que apenas afloro em visitas. Um privilégio duplo. É um dado adquirido, e certo, que admiro as obras dos museus, caves, pedras, azulejos e estatuária, conservadas e expostas pelo Comendador José Berardo, para os que as queiram apreciar. Porque, porque. Neste momento, nem me apetece tal discussão, com ninguém mesmo. Apenas me lembro que em anos passados fui a todos estes lugares maravilhosos e inesquecíveis - menos à Madeira:

Colecção Berardo, no CCB, Lisboa; Aliança Underground Museum, Anadia; Palácio e Quinta da Bacalhôa, Azeitão; Quinta dos Loridos Buddha Eden, Bombarral (que, mesmo a fingir, é "só" o maior jardim oriental da Europa...); Museu Berardo, em Estremoz; B-MAD, Lisboa, este último que vou (re)visitar em imagens, agora. 

Arte Nova, Arte Deco. Sei por alto algo das diferenças, das linhas sinuosas e arrebatadas da Natureza de uma, depuradas e longilíneas de outra: não sei de qual gosto mais. Sempre tive um fascínio antigo e inexplicável por algumas "das artes" (por exemplo, a arte egípcia, a oriental, a gótica, a mourisca) e, neste caso especial, as da viragem dos anos 1800/1900. 

A visita é guiada e apenas num grupo restrito, o que se compreende pela natureza frágil das obras da exposição. O edifício do Museu situa-se num palacete antigo recuperado, mesmo por baixo da Ponte 25 de Abril. As escadarias, salas, corredores e quartos, são um desdobramento de deslumbramento! 

Passo às fotografias das obras, no seguimento de as ter notado, com amor por tê-las visto, e sem a preocupação de as definir, a não ser pela beleza:

A entrada e escadas para o primeiro piso, os apontamentos de mármores e azulejos de Estremoz que reconheço





 


 

O pequeno terraço, a ponte sobre ele, os ruídos pesados: mas mesmo assim, um canto tão agradável!





 







A liberdade de pensar, de ver o belo,

espreitando por uma nesga da vida.


1 comment:

M. said...

Afortunado será aquele azulejo verde, ainda que partido.