Vai-se a ver e o colorido é igual, norte e sul, não se resiste a fotografar a pastelaria de Lisboa:
Tempo de andar por ali que o fim do ano traz muita confusão. E ter paisagem é um benefício inestimável.
Olhar a cidade quando é feia, abandonada, é como levar murros de desprezo malvado
Assim se passa a meia-noite, lembrando alguns lugares: muito especialmente Paris e Londres.
Chegar pela tardezinha, depois da solidão nada melhor que um banho de centro comercial, em precisando, e ainda com a paciência que já me falha agora.
Uns dias no ninho das águias que estava vazio. Um tempo mau mas a gente alegre.
Largo de S. Carlos, Fernando Pessoa em 1913, com 25 anos, da casa de onde ouvia o sino da Igreja dos Mártires:
"Ó sino da minha aldeia..."
E por aí se anda, pelo Chiado
Foi a primeira vez que vi "tal" coisa em renda, seria da artista-tricotadeira da moda que tanto expôs depois?
Lanche na Bernard (fundada em 1868..) e pormenores divertidos que apreciei
Gosto de juntar pessoas de quem gosto que, de outro modo, não se conheceriam: pela noite jantou-se em boa companhia num restaurante alentejano, por ali, pelo Poeta perto.
Interessante andar por um lugar esquecido como aquele hotel, espaçoso e vazio. Gostei muito do ambiente, ali pude observar o que aprecio, a tal Arte Nova e Arte Deco em mistura equilibrada, em tantos detalhes. Lugares de conversas à volta de uma mesa, lugar de visitas de reis e cavaleiros. Perfeito para um filme vagamente misterioso.
Curioso que fui vê-lo agora, em fotografias actuais: há inúmeros aspectos que se conservam, como as cabeceiras das camas e as mesas de cabeceira, os longos reposteiros, as salas apaineladas em madeira escura, o chão tão bonito, as cores discretas, até reconheci lugares e jarras de decoração. De que aqui deixo a memória passada:
