Depois da necessária consulta e marcações para os tratamentos nas termas, faz-se a exploração em volta.
O Rio Erges, nesse ano com água suficiente para o apreciar. A julgar pelas notícias de agora (2022) estará seco... Afluente do Tejo na margem direita, serve naturalmente de fronteira entre Portugal e Espanha
Veio um outro dia... Ficando por lá mais de uma semana, falou-se com a senhora que arrumava os quartos e que já conhecíamos, para nos tratar das roupas nesse período. A "Cartulinha", nunca cheguei a saber de cor o nome dela... Vivia ali perto, uma aldeã típica daquelas terras: conhecemos a casa, o quintal, e os seus bordados, as baínhas de ponto aberto e crochets. Aquelas mãos que moviam a terra e cuidavam dos animais, o trabalho duro e os trabalhos delicados, comoveram-me. Tratá-la bem e dar-lhe algum dinheiro a ganhar era o mínimo que podíamos fazer.
Os mapas e apontamentos serviam para nos localizarmos, descobrirmos terras e sítios: rotas fazíamos as que nos apetecia. Sair, andar, encontrar lugares.
Sem ser especialmente "observadora de aves", gosto delas e relevo-as das paisagens. Lembro-me de Sophia de Mello Breyner Andresen:
"Que difícil que é a vida dos homens. Eles não têm asas para voar por cima das coisas más." (na "A Fada Oriana")
A placidez das aves. A nossa falta de asas.
1 comment:
Momentos que ficam para sempre. Que será feito da "Cartulinha"? Certamente fazes essa pergunta. E ele, lembrar-se-á de ti? Assim passamos às vezes neste mundo, com as marcas boas de alguém de que nunca mais temos notícias.
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